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COTIDIANO

Abuso contra primo

Polícia investiga suposto abuso de um adolescente de 13 anos contra um primo de cinco anos, no bairro Renascer II.

Publicado em 31/03/2012 às 6:30


Um adolescente de apenas 13 anos foi apreendido durante a noite da última quinta-feira acusado de abusar sexualmente do primo de 5 anos. O abuso sexual teria acontecido na casa da avó da vítima e acusado, no bairro do Renascer II, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. O crime foi registrado na 7ª Delegacia Distrital, por volta das 20h.

Segundo o delegado Ademir Fernandes, titular da 7ª DD, o abuso foi descoberto pela mãe da criança. “Quando foi dar banho na criança, a mãe percebeu que ele estava sentindo fortes dores e ao perguntar o motivo, o garoto informou que o primo o havia violentado. Ela imediatamente acionou a Polícia Militar e veio até a delegacia”, disse o delegado Ademir Fernandes.

O garoto de 13 anos foi apreendido e interrogado na Delegacia da Infância e da Juventude de João Pessoa, onde negou ter praticado o abuso. Já a criança afirma que o abuso ocorreu e passou por exames no Instituto de Polícia Científica (IPC) que pode atestar se houve ou não a violência sexual, contudo o laudo só será emitido em 15 dias.

O suposto responsável após prestar depoimento na Delegacia da Infância e da Juventude, retornou à 7ª Delegacia Distrital e, conforme o delegado Ademir Fernandes, seria apresentado na tarde de ontem ao promotor plantonista de João Pessoa. Apesar de nunca ter se envolvido em qualquer tipo de crime anteriormente, o adolescente deverá cumprir medida socioeducativa no Centro Educacional do Adolescente (CEA), ao lado de outros adolescentes acusados de praticar crimes hediondos.

A delegada Joana D’arc, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Infância e a Juventude, afirmou que grande parte dos abusos sexuais praticados contra crianças é cometida por primos, tios e irmãos que também são menores de idade e estão descobrindo a vida sexual. Nestes casos a delegada defende uma nova forma de punição, centralizada no tratamento ao acusado e afastamento da vítima.

“No caso de adultos, acho que a pena deve ser a prisão, porém em casos de adolescentes que nunca cometeram crimes, se fosse possível eu optaria por um tratamento que separasse vítima e acusado. Um tratamento psicológico porque isso é um desvio de conduta, não é um caso de opção, é falta de maturidade do adolescente que muitas vezes está brincando com a criança e vê a necessidade de manter uma relação sexual”, afirmou Joana D’arc.

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Jornal da Paraíba

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