Enfrentamento à violência contra a mulher

Como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, a Associação dos Servidores da Justiça Federal da Paraíba (Assejuf-PB) organizou ontem em João Pessoa um painel para discutir questões relacionadas à Lei Maria da Penha na Paraíba.

Com o tema 'O enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher; uma construção coletiva', a palestra foi ministrada pela juíza da Vara de capital, Rita de Cássia Martins Andrade. Na ocasião, a magistrada revelou, entre outras coisas, detalhes sobre os trabalhos de articulação da rede de proteção às vítimas no Estado.

Coordenadora da Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário paraibano, a juíza disse se sentir satisfeita por ampliar a atuação da rede junto aos servidores da esfera federal, contudo, frisou que ainda há muito a ser modificado.

“Entendemos que o grande desafio para coibir a violência ainda é a necessidade de mudança de comportamento e da nossa cultura. E isso só poderá ser alcançado com políticas públicas voltadas para a educação e a formação de uma nova consciência junto aos adultos, jovens e crianças, para não serem os futuros agressores”, avaliou.

Durante seu discurso, Rita de Cássia discorreu ainda sobre a origem da data e lembrou que o momento é propício para promover diálogos sobre problemas atuais da mulher, como salários baixos, maus tratos, jornadas excessivas de trabalho e desvantagens da carreira profissional.

O papel de Maria da Penha na criação da lei e as denúncias surgidas desde então também foram abordados. Assim como os fundamentos, direitos, garantias e medidas protetivas previstas na norma.

EM CAJAZEIRAS

Na próxima segunda-feira, 41 mulheres que cumprem pena em regime fechado na Cadeia Pública Feminina de Cajazeiras irão participar de um evento eucarístico e de um café da manhã em alusão do Dia Internacional da Mulher. A presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, e a juíza da Vara de Execução Penal da comarca, Adriana Lins de Oliveira, estarão presentes, acompanhando de perto as atividades.

As homenagens, iniciadas na última quinta-feira, no Presídio Júlia Maranhão, em João Pessoa, fazem parte das ações sociais promovidas pelo Poder Judiciário estadual, dentro do projeto de ressocialização e elevação da autoestima da mulher presidiária.