COTIDIANO
Violência em distrito
Corpo do vigilante de uma escola no distrito de São José da Mata, foi encontrado amarrado e parcialmente queimado.
Publicado em 19/04/2012 às 6:30
Menos de uma semana após a operação ‘Palácio de Hades’, cujo objetivo era desarticular o tráfico de drogas e a sequência de assassinatos entre gangues rivais, dois corpos foram encontrados na manhã de ontem no distrito de São José da Mata, em Campina Grande. Em ambos, a polícia investiga acertos de contas com traficantes.
O último corpo foi do agricultor Aldemir Alves de Oliveira de 19 anos, encontrado em estado de putrefação, por volta de 11h30 da manhã de ontem, em uma vala de esgoto, no Sítio Sabiá, na Rua da Fuba. De acordo com a delegada de homicídios Cassandra Duarte, é possível que seja uma vítima da disputa pelo tráfico que vinha ocorrendo entre traficantes rivais naquela região, até a deflagração da operação ‘Palácio de Hades’, que prendeu nove pessoas no último dia 13.
Já no início da manhã de ontem, o vigilante Severino Gomes Barbosa, 46 anos, foi encontrado morto dentro da Escola Municipal Luiz Gil, onde trabalhava há mais de 15 anos, localizada no Sítio Capim Grande, em São José da Mata. A vítima foi assassinada no interior de uma sala de aula, com requintes de crueldade, e pode haver envolvimento do tráfico por acerto de contas ou vingança.
A polícia ainda não sabe o motivo do crime e não houve testemunhas. “O vigilante foi amordaçado, amarrado nas mãos e pés, teve a cabeça vendada com fita adesiva, depois pode ter sido torturado e ainda queimaram parcialmente seu corpo com gasolina. Além disso, desferiram golpes de facão no pescoço e peito”, disse o delegado-adjunto de Homicídios Francisco de Assis.
Os dois corpos foram encaminhados para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande, onde passarão por perícia.
A coordenadora de Educação da Secretaria Municipal de Campina Grande, Kátia Passos, informou que a polícia é a responsável por investigar o crime, que pode ter sido motivado por problema pessoal do vigilante. “A escola é um lugar de respeito e não tem nenhum problema, mas a violência está em todo lugar e eu acredito em problema pessoal do funcionário”, explicou a coordenadora.
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