Ministério Público instaura inquérito e marca audiência sobre "saidinhas"

Karoline Zilah

Os frequentes casos de “saidinhas de banco”, golpe em que clientes são assaltados logo após sacar dinheiro em agências bancárias, serão tema de audiência na próxima terça-feira (10) convocada pela Promotoria de Defesa do Consumidor e dos Direitos do Cidadão de João Pessoa, reunindo a Polícia Federal e as gerências regionais de segurança do Banco do Brasil e da Caixa Econômica.

O promotor Glauberto Bezerra informou nesta quinta-feira (5) ao portal Paraíba1 que instaurou nesta manhã um inquérito civil para proteger o cidadão através de ações de prevenção dentro das agências bancárias. Ele considera que os estabelecimentos também têm responsabilidade de prestar serviços seguros aos seus clientes para que eles possam fazer movimentações bancárias sem correr riscos.

“Nenhuma saidinha de banco é feita fora do estabelecimento. Tudo começa dentro das agências, onde pessoas observam a movimentação de clientes e os perseguem. Isso pode ser prevenido”, explicou Glauberto.

Ele ainda comentou que o Banco do Brasil e a Caixa foram convidados a participar da audiência porque têm um serviço de inteligência bem estruturado e capaz de elaborar ações conjuntas com a promotoria e a Polícia Federal.

Somente nesta semana, três saidinhas de banco foram registradas na Grande João Pessoa. Um homem foi assaltado em Cabedelo e duas mulheres no bairro de Miramar. O caso mais grave foi o do paraibano naturalizado na França que estava de férias no Estado e foi baleado após reagir ao golpe no bairro de Jaguaribe. Ele se recupera após cirurgia no Hospital de Emergência e Trauma.

Investigações

O novo secretário de Segurança da Paraíba, Gustavo Gominho, informou que vai criar uma força-tarefa para investigar a grande incidência de assaltos realizados nas portas das agências bancárias. Ele disse que a partir de agora as apurações ficarão a cargo do serviço de inteligência da Polícia Civil.

Imagens podem identificar bandidos

O delegado geral da Polícia Civil, Canrobert Rodrigues, informou que vai entrar com pedido na justiça para ter acesso às imagens do circuito de segurança do Banco do Brasil de Miramar para tentar identificar os integrantes do grupo que assaltou duas mulheres no bairro de Miramar na quarta-feira (4).