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POLÍTICA

Quase 50% dos municípios da Paraíba estão sem delegado

Secretário de Segurança diz que atualmente 100 cidades estão sem delegados e viaturas. "Até os cadáveres têm pena do DML", compara.

Publicado em 17/08/2009 às 19:21

Phelipe Caldas

O secretário de Segurança Pública do Governo da Paraíba, Gustavo Gominho, fez uma radiografia assustadora na tarde desta segunda-feira (17) sobre a “real situação da segurança na Paraíba”. Em entrevista à Rede Paraíba Sat, ele falou do caos que reina hoje no Estado: são 100 cidades paraibanas que não possuem delegados ou viaturas, as poucas viaturas próprias da polícia são “sucatas puras” e o Departamento de Medicina Legal vive uma situação de abandono sem precedentes. “Até os cadáveres sentem pena quando entram no DML”, desabafou, dizendo que tudo isto ele herdou do antigo Governo Cássio.

Gominho, que é delegado da Polícia Federal e que no Governo Maranhão ocupa a titularidade da Segurança Pública da Paraíba, vai além. “Não temos como resolver o problema da falta de delegado em curto espaço de tempo. Temos delegados que atendem a até cinco municípios paraibanos e este problema só será resolvido quando fizermos concurso e formarmos os aprovados. E isto leva muito tempo”, lamenta.

O secretário alerta ainda para um problema inusitado. “Herdamos do ex-secretário Eitel Santiago um novo concurso público que prevê apenas 33 vagas para delegado. Estamos dando continuidade ao processo, mas já sabendo que ele não vai resolver o déficit de efetivo”, destacou.

Já sobre a recuperação da parte física das polícias, Gominho demonstra mais otimismo. Ele diz que para mudar o quadro de abandono existente atualmente muito tem que ser feito, mas garantiu que a atual gestão estadual não vai se furtar em melhorar as condições de trabalho dos policiais paraibanos.

Basicamente, ele promete que até o final do ano dez novos rabecões serão comprados para atender as várias unidades do DML e que vai trabalhar também para a compra de novas viaturas para as polícias Civil e Militar. “A diferença é que a gente tem condições de comprar viaturas e armas, mas não temos como comprar um delegado ou um policial. Estes têm que ser formados e isto leva tempo”, explicou.

Ele defendeu também que a Operação Manzuá não tem mais razão de ser e deveria ser extinta. “Ela deu resultado no início de sua operação. Mas hoje a Manzuá está banalizada e está localizada em pontos que não deveriam existir”, frisou, destacando que a operação deveria deixar de ser fixa e passar a ser móvel. “Todo mundo já sabe onde ela está e a Operação não consegue mais surpreender”, completa.

Gominho destaca que está em processo de licitação a compra de nove micro-ônibus e que estes equipamentos servirão para justamente dar mobilidade à Manzuá, que em seu modelo atual deve ser desativada tão logo estes novos veículos forem efetivamente comprados.

Tráfico de drogas

O secretário Gustavo Gominho aproveitou a oportunidade para falar também sobre a questão do tráfico de drogas na Paraíba. Segundo ele, a elevação no número de homicídios em maio, junho e julho deste ano está relacionado ao problema das drogas e à guerra de traficantes por território.

“Este é um dado muito assustador. Porque é a primeira vez que a inteligência da polícia registra guerra por território entre traficantes. Mas a culpa é também da lei, que afrouxou a punição a quem usa droga e a quem consequentemente financia o tráfico”, destacou.

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Jornal da Paraíba

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