ECONOMIA
Propostas enganam clientes
Preços aparentemente atrativos podem enganar os consumidores e as contas no caixa acabam saindo mais salgadas no bolso.
Publicado em 13/05/2012 às 6:30
Para concretizar vendas, o comércio elabora estratégias para 'fisgar' seus clientes. Por vezes, algumas destas propostas tornam-se agressivas e podem 'ludibriar' os consumidores.
Segundo o consultor financeiro Cláudio Rocha, a adoção destas medidas pode ser percebida em diversos segmentos do varejo.
Um exemplo clássico, descreve o especialista, é a mudança nas medidas dos produtos que são oferecidos. Consumidores habituados a pagar por quilo para alguns itens empolgam-se com as reduções repentinas de preço, mas que escondem redução também na quantidade dos produtos. “Frios e restaurantes do tipo self service são exemplos clássicos. Eles colocam preços para 100 gramas, quando o consumidor espera para o quilo”, relata o consultor.
O principal malefício desta medida é a falta de parâmetro sobre volumes e quantidades para que o cliente tome sua decisão de consumo. “Quando vê R$ 2,50 pela comida, a pessoa esquece que o preço real é de R$ 25 pelo quilo”, exemplifica Cláudio Rocha.
CARTÃO DE CRÉDITO
Com taxas tão severas quanto as do cheque especial, de até 12% ao mês, os cartões de crédito são armadilhas para os consumidores. É importante lembrar que cheque especial e cartões de crédito não são possibilidades infinitas de comprar mais do que se ganha.
De acordo com o consultor Guilherme Baía, os juros, as taxas de administração, anuidade e outros custos tornam estas formas de pagamento desvantajosas até se comparadas aos juros de empréstimos bancários.
Como exemplo, uma dívida inicial de R$ 100,00 poderá chegar a R$ 389,60 em 1 ano. Só no Procon-PB, foram registradas 197 reclamações de consumidores com problemas no cartão de crédito, entre janeiro e abril deste ano. Mas 680 atendimentos por este mesmo motivo foram registrados pelo órgão no período.
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