ECONOMIA
Consumidores das classes C e D são novo filão para seguros
Dependendo do produto, é possível assegurar uma proteção para si próprio ou para a família com poucos recursos.As tabelas variam de acordo com a idade do contratante.
Publicado em 21/02/2010 às 11:32
Do Jornal da Paraíba
Ao contrário do que muita gente imagina, ter um seguro não exige muito recurso do futuro cliente. Dependendo do produto, é possível assegurar uma proteção para si próprio ou para a família com poucos recursos. Por exemplo, existem operadoras que trabalham com seguros em casos de morte natural ou invalidez que oscilam em valores de R$ 10 mil a R$ 20 mil, pelos quais o usuário precisa pagar parcelas de valores médios entre R$ 5,00 e R$ 10,00 mensais. As tabelas variam conforme a idade do contratante. No caso citado, a faixa etária considerada fica entre 30 e 40 anos.
Os mais caros ainda são os voltados para cobertura de automóveis. No geral, os valores cobrados pela assistência variam conforme o perfil do proprietário do bem. Foi o escolhido pela professora Telma Sousa, que mantém ainda o seguro proteção de um dos cartões de crédito. “Pago R$ 2,50 por mês. Vejo muitas vantagens. A maior delas é me sentir mais segura, sem medo de perder ou levarem meu cartão”, enfatiza. Em casos de produtos como notebooks, as seguradoras chegam a definir o preço em até 20% do aparelho, já que o risco de ocorrência de sinistro é alto. Celulares também ficam nessa margem por serem artigos mais vulneráveis a extravio.
A dica é redobrar os cuidados no momento da contratação de algum seguro. O corretor Flaviano Lucena alerta para que os interessados busquem uma corretora credenciada e converse com o profissional do ramo para identificar em quais áreas eles devem se inclinar. Medidas assim restringem a compra à real necessidade do cliente e evita desperdícios.
Geraldo Pedrosa, do Sincor-PB, acrescenta que além de se voltar para uma empresa especializada, é importante saber se a seguradora é idônea e conhecer detalhes do contrato de aquisição. “Assinar uma proposta sem saber o que está contido é assumir o risco de ser deixado na mão na hora do aperto. Sei de clientes que receberam a indenização depois que havia se passado um ano da morte do segurado, enquanto que a média para o recebimento do valor do seguro é de 30 dias”, orienta.
Mercado subiu 16,76% em 1 ano
O bom momento vivenciado no setor de seguros foi constatado nos números divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O último relatório mostra que, em novembro de 2009, o mercado dos produtos voltados para pessoas – como prestamistas (pagamento de dívidas), educacionais, vida individual e grupo – obteve uma elevação de 16,76% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto que em novembro do ano passado o segmento movimentou R$ 1.156 bilhão em prêmios de seguros, no mesmo mês de 2008, foram comercializados R$ 990,3 milhões.
O seguro de vida individual apresentou os melhores resultados, com uma alta de 36,49% e R$ 80,9 milhões negociados) seguido pelo seguro prestamista, que teve uma alta de 28,16% no mercado (com registro de R$ 233 milhões em novembro de 2009). Para se ter noção do salto, o mercado cresceu apenas 0,11% no mesmo período de 2008. O seguro de acidentes pessoais coletivo, por sua vez, movimentou R$ 191,8 milhões e obteve alta de 27,35% no período.
A Fenaprevi elabora mensalmente balanço do setor com base nas informações coletadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). O levantamento não inclui o VGBL, considerado para esse fim como plano de caráter previdenciário, por possuir cobertura por sobrevivência. A federação reúne 68 seguradoras e 15 entidades abertas de previdência complementar no país.
Em relação a sinistros retidos (equivalente ao sinistro pago na integralidade, menos descontos de cosseguro cedido, resseguro cedido e outros descontos, mais retrocessão aceita), o volume desembolsado pelas seguradoras em novembro de 2009 foi de R$ 359,7 milhões. Os sinistros retidos obtiveram leva alta de 6,01% em relação em novembro de 2009. (JS)
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