VIDA URBANA
Aesa suspende retirada de águas do Rio Paraíba entre Boqueirão e Acauã por conta de baixo volume de água
Medida quer abastecimento para população de nove cidades e um distrito na região de Itabaiana.
Publicado em 19/12/2017 às 8:52 | Atualizado em 19/12/2017 às 9:51
![Aesa suspende retirada de águas do Rio Paraíba entre Boqueirão e Acauã por conta de baixo volume de água](https://cdn.jornaldaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2017/11/500x700/Usa_Racional_da_Agua_Leonardo_Silva-9.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornaldaparaiba.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2017%2F11%2FUsa_Racional_da_Agua_Leonardo_Silva.jpg%3Fxid%3D492452&xid=492452)
A retirada das águas do Rio Paraíba está suspensa a partir desta terça-feira (19), no trecho entre os açudes Epitácio Pessoa (Boqueirão) e a barragem Argemiro de Figueiredo (Acauã). A medida em restrição ao uso das águas foi determinada pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), em publicação no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (18). O manancial é responsável pelo abastecimento de nove cidades e um distrito na região de Itabaiana.
De acordo com o presidente da Aesa, João Fernandes, o objetivo da medida é garantir a estabilidade do nível de água do reservatório, que acumula atualmente apenas 3,77% de sua capacidade hídrica, o que corresponde a 9,5 milhões de metros cúbicos de água. A barragem tem capacidade para armazenar até 253 milhões de m³. “A restrição da retiradas das águas do Rio Paraíba nesse trecho busca restabelecer o nível da barragem da Acauã, no sentido de garantir a segurança hídrica para população contemplada pelo abastecimento do reservatório. A expectativa é que a situação seja restabelecida até quinze dias, do contrário, a medida continua valendo até que o nível volte ao normal”, explicou.
João Fernandes disse também, que o trecho do Rio Paraíba entre os dois mananciais será fiscalizado por técnicos da Aesa. “A partir de hoje a equipe técnica da Aesa estará em vigilância nesse trecho do Rio Paraíba. A restrição é total, portanto, não haverá nenhuma permissão para a retirada da água, com exceção para dessedentação animal. O uso das águas para as atividades de aquicultura, carcinicultura e piscicultura, permitida antes nos finais de semana, só será liberada com o restabelecimento do nível da barragem”, concluiu.
Nível crítico
A barragem de Acauã faz parte da lista dos 57 reservatórios monitorados pela Aesa na Paraíba que estão com menos de 5% de capacidade hídrica. A seca que atinge o estado já deixou pelo menos 28 municípios em situação de colapso por escassez de água.
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