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ECONOMIA

Poupança perde da inflação

Apesar de estar ancorada na Selic, caderneta rendeu 3,47% no primeiro semestre do ano; inflação medida pelo IPCA foi de 3,75%.

Publicado em 29/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 16:06

A escalada da taxa básica de juros da Selic como parte da política de redução do consumo para controlar a inflação acendeu o sinal amarelo: é hora de colocar o dinheiro para render. No acumulado do primeiro semestre, o rendimento dos fundos de renda fixa – conhecidos como Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDIs) – tiveram alta de 4,47%; já os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) apresentaram rendimentos de 4,05%.

A popular poupança, apesar de estar ancorada na Selic, tem uma taxa ínfima de retorno, sem sequer cobrir a inflação, mesmo isenta de IR. Enquanto a caderneta rendeu 3,47% nos primeiros seis meses do ano, a inflação medida pelo IPCA foi de 3,75%.Se calculado o retorno real da poupança no período (descontada a inflação), portanto, verifica-se um rendimento negativo de -0,26%.
Esse é o segundo pior retorno real da poupança para o período desde o início da série histórica do estudo, que começou em 1994.

Os analistas financeiros são unânimes: apesar de ser o investimento mais fácil e mais procurado pelos brasileiros, há opções que rendem mais e são tão seguras quanto a poupança. “Um título como a LFT (Letra Financeira do Tesouro) tem um rendimento muito melhor do que a poupança, já descontado o IR”, afirma o consultor financeiro Guilherme Baía.

A LFT é um título pós-fixado com rentabilidade diária, onde o comprador adquire o título de uma dívida – isto é, se torna credor.

A cada dia, há um pequeno acréscimo de acordo com a taxa de juros e nunca apresenta rentabilidade negativa. Para Baía, é considerado um investimento de perfil conservador, para pessoas que não gostam de correr riscos financeiros. “Na LFT, o investidor só não recebe o dinheiro de volta com juros se o Brasil quebrar e declarar moratória interna, o que é um cenário praticamente impossível”, diz.

“A poupança pode ser a forma mais conhecida do brasileiro investir, mas nunca foi o melhor investimento, mesmo com isenção do IR”, alega o sócio da SIR Investimentos, Rodrigo Guedes. “O rendimento da poupança na maioria das vezes fica abaixo até da inflação. Existem várias alternativas de investimentos com a mesma garantia e segurança da poupança que têm um retorno bem superior”, explica.

De acordo com simulação da SIR, o rendimento anual de Certificados de Depósitos Bancários é de 9,45%, enquanto a poupança é estimada em 6,50%. Ou seja, se forem aplicados R$ 10 mil em ambos, ao final do ano o investidor terá faturado R$ 945 no CDB, e R$ 650 na poupança, uma diferença de R$ 295 reais, ou 68,7%. Entretanto, antes de aplicar o dinheiro, o investidor deve conhecer o seu próprio perfil e buscar informações acerca das opções. “É preciso sempre estar atento às rentabilidades e às taxas e impostos cobrados, para se ter a certeza da melhor escolha de investimento”, alerta a diretora da Futura Invest, Talitha Andrade.

RENDA VARIÁVEL

Após a crise de 2008, houve uma queda na credibilidade nas bolsas de valores em todo o mundo, incluindo na brasileira BM&FBovespa – por um motivo razoável, já que muito dinheiro foi perdido com a desvalorização dos papéis. Entretanto, as negociações voltaram a ganhar volume: no último mês de junho, houve alta de 3,77%, após queda em maio, acumulando 3,23% no acumulado do ano.

“Apesar do momento de volatilidade que vivemos no Brasil e no mundo, a renda variável é sempre uma opção que dá altos rendimentos no longo prazo”, lembra Talitha. Porém esse não é um investimento para qualquer pessoa: uma vez que há possibilidade de faturamento alto, mas também há riscos de perdas. Tudo depende da decisão do investidor, da diversificação da carteira e do comportamento do mercado.

Rodrigo conta que é necessário ao menos fazer um curso sobre como investir na Bolsa de Valores e entender o funcionamento do mercado de forma mais ampla.

“É imprescindível que o capital a ser investido seja de longo prazo, que o investidor não venha a precisar dele quando o mercado está em baixa. Também é preciso ficar sempre atento às mudanças na economia e às oportunidades”, explica. Para Baía, quem investe em papéis na Bolsa de Valores deve ter paciência e outras características fundamentais: “comportamento para tomar as decisões corretas, educação para compreender os riscos e uma assessoria para reunir informações relevantes sobre a empresa onde ele está investindo”, fala.

GEOPOLÍTICA

Mudanças geopolíticas do outro lado do mundo podem afetar diretamente os ganhos na bolsa brasileira. “A redução dos estímulos americanos, conflitos na Ucrânia e agora mais recentemente no Iraque, desaquecimento na China, retomada de crescimento na Europa, momento político incerto no Brasil, tudo isso tem trazido incerteza aos mercados. E ao mesmo tempo tem trazido boas oportunidades de entrada no mercado de renda variável por alguns ativos estarem relativamente baratos”, destaca Talitha.

Rentabilidade nos títulos de renda fixa (ao ano)

LCI com 100% do CDI – 10,80%
CDB com 103% do CDI* – 9,45%
Títulos públicos atrelados à Selic* – 9,35%
Fundo de Renda Fixa com 100% do CDI* – 9,18%
Poupança – 6,50%
*considerando alíquota de 15% de IR

Fonte: SIR Investimentos

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Jornal da Paraíba

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