VIDA URBANA
Igrejas têm conceitos distintos de casamento
Publicado em 23/10/2011 às 8:00
O presidente da Comissão de Ética da Associação de Pastores Evangélicos da Paraíba, José Alves, explica que os evangélicos não veem o casamento como um sacramento, mas como uma bênção divina para homens e mulheres. “Sempre procuramos reconstruir o casamento e só defendemos o divórcio em último caso”, afirma.
Em 37 anos de atividade religiosa, José Alves já percebeu que a maioria das separações ocorre por incompatibilidade de gênios, dificuldades financeiras e infidelidade. “As pessoas chegam nos dizendo que não gostam mais do outro, que conheceram outras pessoas e que querem se separar. Às vezes, o casal tem nível de escolaridade diferente e isso acaba interferindo na relação”, afirmou.
Já para a Igreja Católica, o casamento é sagrado e só pode ser desfeito em situações muito específicas. Segundo o padre Antoon Armand Kemps, juiz substituto do Tribunal Eclesiástico e defensor de vínculo da Arquidiocese da Paraíba, o Código Canônico, documento que rege a Igreja Católica, só permite a anulação do matrimônio em 25 circunstâncias.
“Uma dessas condições é a homossexualidade de um dos cônjuges. Se uma mulher casou e descobriu que o marido é homossexual e não tem relações íntimas com ela, pode ser pedido a anulação. Outra situação é o caso de alguém que se casa obrigado, seja pela família, seja por qualquer pessoa”, detalha.
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