VIDA URBANA
Açude Coremas termina 2017 com menos de 4,5% do volume hídrico
Situação é considerada crítica, diz diretor de Acompanhamento e Controle da AESA.
Publicado em 30/12/2017 às 10:00
O açude Coremas maior reservatório hídrico da Paraíba, vai terminar 2017 com menos de 4,5% de seu volume hídrico, do total de 591.646.222 milhões de metros cúbicos de água. O número atual corresponde a 25.286.314 de m³, o equivalente a 4,25%, segundo os dados de monitoramento da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), divulgados nesta quinta-feira (28).
De acordo com o diretor de Acompanhamento e Controle da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), Porfírio Loureiro, o volume hídrico apesar de crítico, é superior ao número registrado no mesmo período do ano anterior, quando o manancial acumulava 14.934.840 de m³ (2,52%). “O número só permanece superior ao ano anterior, apesar de ser considerado crítico, porque durante o mês de abril o açude deixou de abastecer uma parte das cidades do estado do Rio Grande do Norte. O manancial atende apenas o território da Paraíba”, esclareceu .
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O açude Coremas abastece uma população superior a 300 mil habitantes na região do Sertão, incluindo a cidade de Patos, considerada a quarta maior cidade da Paraíba, com 107 mil pessoas.
Mãe D'Água tem volume menor
Já o açude de Mãe D'água, que também faz parte do complexo hídrico da área e auxilia Coremas no abastecimento das cidades, acumula apenas 17.757.644 de m³, o que corresponde a 3,13% de sua capacidade hídrica do total de 567.999.136 m³. O volume atual é quase 50% menor, comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o reservatório tinha 32.593.204 de m³ (5,17%).
Controle de abastecimento
O diretor da Gerência Regional das Espinharas pertencente à Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (CAGEPA), Maciel Damasceno, responsável pela gestão do abastecimento em Patos e outros municípios da área que recebem a água através da adutora Coremas/Sabugi, a situação tem sido controlada graças ao trabalho de rodízio na distribuição da água para população. “Hoje a água é liberada com base na divisão de quatro áreas, incluindo bairros de Patos e as cidades atendidas pela adutora. O trabalho funciona na distribuição diária da água para três áreas, enquanto uma fica sem abastecimento, esse controle foi implantado há cerca de dois anos e tem ajudado bastante”, disse.
O maior desafio segundo Maciel Damasceno não tem sido a distribuição da água na região, e sim, os danos gerados por vândalos contra a tubulação da adutora e a falta de consciência das pessoas, considerando o uso racional da água. “Nos últimos dois meses foram três perfurações encontradas na tubulação da adutora, algumas delas, causadas para encher pequenos reservatórios, o que é um absurdo. As equipes têm buscado intensificar a fiscalização, no entanto, as situações ocorrem sempre no período noturno, o que dificulta a ação de flagrante. O uso racional da água é outro problema constante, uma vez que flagramos diariamente pessoas lavando carros e calçadas sem nenhuma preocupação”, revelou o diretor.
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