Ossos necessitam de cuidados durante desenvolvimento de criança

Os problemas ortopédicos, ou seja, decorrentes nos membros inferiores (pernas e pés) e na coluna vertebral são comuns na infância e adolescência. No entanto, em qualquer fase (adulta ou idosa) uma pessoa pode chegar a desenvolver alterações ou dores nessa região do corpo. Algumas crianças nascem com doenças congênitas que afetam o desenvolvimento infantil. Portanto, a busca imediata de especialistas como pediatras ortopedistas ajuda no rápido diagnóstico e tratamento.

A frase “Toda criança nasce com pernas tortas” está correta, segundo o pediatra ortopedista Sávio Bruno Silva Barros. “Durante a fase de desenvolvimento, os eixos dos membros inferiores passam por alterações que incluem desvios e isso faz parte do crescimento normal da criança. No entanto, deve-se observar se o desvio está conforme a idade da criança”, revelou. Para isso, ele recomendou que os pais procurassem periodicamente um médico para uma avaliação completa longo nos primeiros meses de vida.

O atraso para começar a dar os primeiros passos ou engatinhar, deformidades nas pernas e pés, desvios no eixo da coluna vertebral, assimetrias entre os membros, incapacidade de usar determinadas partes do corpo, atrofia musculares são implicações ou principais queixas que devem ser investigadas pelo médico. “A criança começa a andar em média aos 12 meses de idade. Se não acontecer nesse tempo, os pais precisam levar o (a) filho (a) para um especialista para que avalie e descubra o motivo da demora nesse processo”, afirmou Silva Barros.

Segundo o especialista, toda criança deve ter um acompanhamento regular desde o nascimento junto a um ortopedista pediatra para que possíveis mudanças e distúrbios do sistema osteolocomotor sejam detectadas precocemente, pois a intervenção minimiza as consequências de problemas ortopédicos. “Eventualmente essas alterações não são observadas pela família logo e por isso, é necessária a avaliação periódica”, afirmou.

Quando os pais procuram um especialista, os médicos avaliam a criança da cabeça aos pés, pois algumas das implicações para o surgimento da doença podem está relacionada com partes do cérebro, como o sistema locomotor. “Nossas intervenções variam muito e vão desde o uso e órteses, medicamentos, fisioterapia e até procedimentos cirúrgicos porque cada pessoa tem uma maneira específica para o tratamento”, ressaltou.

Desde os primeiros meses de vida, os pais devem observar a postura da criança. A mesma orientação é para a fase da adolescência porque a coluna vertebral pode apresentar desvios devido à má postura quando senta ou por componente hereditário, ou seja, integrantes da família possuem doenças nessa região corporal. “O tratamento precoce é necessário. Caso contrário, pode ser perdida uma oportunidade de cuidar uma escoliose, por exemplo, através de um colete cervical”, destacou. (Especial para o JP)