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VIDA URBANA

Preconceito contra nordestinos volta a causar polêmica no Twitter

Torcedora do Flamengo frustrada diante da desclassificação na Copa do Brasil postou mensagem contra nordestinos. Reação nacional veio por meio do assunto "orgulho de ser nordestino".

Publicado em 12/05/2011 às 10:00

Karoline Zilah

A frustração de uma torcedora pela desclassificação do Flamengo na Copa do Brasil desencadeou uma série de comentários preconceituosos contra nordestinos no Twitter e gerou uma repercussão ainda maior nesta quinta-feira (12). A reação fez o assunto #orgulhodesernordestino emplacar entre os tópicos mais comentados do microblog no Brasil e mundialmente.

Deixe sua opinião.

A mensagem preconceituosa que gerou tamanha reação foi postada pela internauta conhecida apenas como Amanda Régis (@_AmandaRegis), na quarta-feira (11) à noite, durante a partida Flamengo x Ceará. Revoltada com o empate por 2 a 2 - que tirou o time carioca da disputa na Copa do Brasil - ela escreveu: "esses nordestinos pardos, bugres, indios acham que tem moral, cambada de feios. Não é atoa que não gosto desse tipo de raça".

Em resposta, tuiteiros passaram a escrever a mensagem #orgulhodesernordestino. A hashtag alcançou as listas dos assuntos mais comentados no país e trouxe à tona um dos primeiros casos explícitos de preconceito contra a região no Twitter, o da internauta Mayara Petruso.

Em novembro do ano passado, frente à vitória de Dilma Rousseff nas eleições presenciais, a internauta postou: "Nordestino não é gente, faça um favor a Sp, mate um nordestino afogado".

Na época, a ONG SaferNet encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo uma notícia-crime com a relação de 1.037 perfis de usuários do Twitter que teriam postado mensagens contra nordestinos. A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco pediu que a autora das mensagens responda pelos crimes de racismo e de incitação pública ao crime de homicídio.

O Nordeste voltou a ser alvo de críticas em fevereiro deste ano, depois de um apagão que atingiu quase todos os estados da região.

Para combater esse tipo de discriminação e outros crimes que ferem os direitos humanos na internet, a Polícia Federal disponibiliza um site por onde internautas podem fazer denúncias. Para denunciar, basta acessar: http://denuncia.pf.gov.br/.

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Jornal da Paraíba

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