COTIDIANO
Jornalista francês é morto na Síria durante explosão
Repórter Gilles Jacquier, do canal estatal France 2, foi o primeiro profissional de comunicação ocidental a perder a vida na Síria durante os protestos entre a oposição e o regime do ditador Bashar al Assad.
Publicado em 12/01/2012 às 8:00
Em mais um dia de tensão na Síria, um jornalista francês foi morto ontem em uma explosão na cidade de Homs. O repórter Gilles Jacquier, do canal estatal France 2, foi o primeiro profissional de comunicação ocidental a perder a vida na Síria durante os protestos entre a oposição e o regime do ditador Bashar al Assad.
Ele estava em um grupo de jornalistas que visitavam um hospital na companhia de uma freira libanesa. Ao sair do hospital, os repórteres encontraram manifestantes favoráveis ao governo sírio quando foram atingidos por um tiro de um obus – artefato similar a uma granada.
De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, seis civis sírios morreram além do jornalista. Outras pessoas, em número ainda não determinado, teriam ficado feridas – entre eles está um repórter belga ferido no olho.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também informou ontem que 400 pessoas foram mortas na Síria desde a chegada da Liga Árabe no país, há duas semanas.
MANIFESTAÇÃO
O ditador sírio, Bashar Assad, que enfrenta protestos há dez meses contra seu regime, saudou ontem milhares de simpatizantes em uma praça da capital Damasco. Os presentes se reuniram para realizar uma manifestação em apoio a Assad e membros do regime. Em uma breve e rara aparição pública, o ditador fez um pronunciamento. "Vim aqui para unir nossas mãos, olhar em direção ao futuro e caminhar em frente. Colocar uma mão sobre as reformas e outra sobre a luta contra o terrorismo. Vamos vencer a conspiração", disse.
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