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ECONOMIA

Ritmo menor de emprego é sinal de alerta

Instituto sugere cautela com relação à estagnação no crescimento da população empregada.

Publicado em 02/03/2012 às 8:00


Para o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a estagnação no crescimento da população ocupada nos últimos meses e em especial a perda de dinamismo do emprego industrial acendem um sinal de alerta e "sugerem uma posição cautelosa" em relação às previsões sobre a evolução do mercado de trabalho em 2012.

Segundo Carlos Henrique Corseuil, responsável pelo boletim "Mercado de Trabalho - Análise e Conjuntura" do instituto, o ano de 2011 foi marcado por um bom desempenho com redução da taxa de desemprego e menor informalidade, mas esses outros dois fatores indicam "um menor otimismo e uma certa precaução".

Em ambos os casos, diz, trata-se de uma resposta ao menor ritmo de crescimento da economia -principalmente da indústria.

Corseuil disse que é "típico do período e previsível" que a geração de postos de trabalho seja mais fraca nos três primeiros meses do ano, o que provoca alta do desemprego. Só passada essa fase, avalia, será possível identificar melhor o rumo que o mercado de trabalho tomará neste ano. O Ipea não fez previsões sobre taxa de desemprego nem geração de vagas em 2012.

Em 2011, o total de pessoas ocupadas cresceu 2,1%, num ritmo menos intenso do que em 2010 (3,5%). Na indústria, o número de empregados cresceu apenas 1,2% na média de 2011, mas houve retração nos três últimos meses do ano. Em janeiro, o setor fabril voltou a contratar e a ocupação do setor subiu 0,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Para Corseuil, a redução da taxa de desemprego e a menor informalidade são os principais destaques positivos do mercado de trabalho no ano passado. Em 2011, a taxa média anual de desemprego ficou em 5,8%, abaixo de 6,6% em 2010. Em janeiro, a taxa atingiu 5,5%, após bater em 4,7% em dezembro, menor marca da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Já a informalidade caiu para 35,1% do total da força de trabalho na média de 2011. Esse percentual era de 44% em 2003. "É uma redução de quase 10 pontos percentuais, o que é muito expressivo para esse período."

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Jornal da Paraíba

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