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COTIDIANO

União Europeia quer rever lei de embarcações

Pelo menos onze pessoas morreram e mais de 20 estão desaparecidas depois do naufrágio do navio Costa Concórdia.

Publicado em 21/01/2012 às 8:30

A Comissão Europeia quer que o naufrágio do navio Costa Concórdia, há uma semana na costa da Itália, leve à revisão da legislação aplicada pela União Europeia (que reúne 27 nações) sobre segurança de passageiros. A decisão foi anunciada ontem pelo comissário europeu para o setor de Transportes, Siim Kallas.

Kallas disse que o episódio envolvendo o navio Concórdia – no qual 11 corpos foram localizados e há mais de 20 pessoas desaparecidas – sirva para evitar a ocorrência de outros casos. “O desafio é conseguir que os recursos de segurança em navios de passageiros acompanhem os mais recentes designs e tecnologias”, disse.

De acordo com o comissário, o processo de revisão das regras deve levar pelo menos um ano. A ideia é concentrar as atenções nas questões da estabilidade, evolução do design e tecnologia, além das ações para evacuação de navios, qualificação e treinamento das tripulações.

Conforme a empresa responsável pelo navio, que naufragou na região da Toscana, o acidente ocorreu devido à falha humana. O comandante da embarcação é o principal suspeito e é mantido em prisão domiciliar. O navio está encalhado e parcialmente submerso desde o último dia 13, perto da Ilha de Giglio. Cerca de 4,5 mil pessoas estavam na embarcação, das quais 53 eram brasileiras.

BUSCAS
O navio de cruzeiro Costa Concórdia que está naufragado na Toscana mudou novamente de posição sobre a rocha em que se encontra, forçando uma nova suspensão na manhã de ontem das operações de busca e resgate das 21 pessoas que continuam desaparecidas.

No entanto, as buscas foram parcialmente retomadas ontem à tarde. As autoridades liberaram as buscas acima da água, mas iriam esperar até hoje de manhã para definir se retomariam operações de mergulho.

DEPOIMENTO
A jovem moldávia Domnica Cemortan, 25 anos, negou, em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera", ser amante de Francesco Schettino, capitão do navio Costa Concordia. Um turista afirmou que ela jantava com o comandante no restaurante da embarcação uma hora antes que o barco batesse em pedras.

Na entrevista, ela afirmou não ter relações com o capitão porque "ele mostra sempre a foto de sua filha quando era pequena. Um homem que gosta de uma amante não se comporta assim".

Cemortan também diz que ela não estava com o capitão no momento do choque. "Tinha alguns oficiais na nossa mesa no restaurante", disse.

Imagem

Jornal da Paraíba

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