VIDA URBANA
Em 11 anos, PB reduz em 54,7% quantidade de crianças e adolescentes fora da escola
Apesar do dado positivo, Estado ainda tem mais de 59 mil fora de sala de aula.
Publicado em 05/04/2017 às 20:05
Entre 2004 e 2015, a Paraíba diminuiu de 108.653 para 59.479 a quantidade de crianças e adolescente fora da escola. O dado é de um levantamento feito pelo movimento 'Todos Pela Educação', divulgado nesta quarta-feira (5), com base nas informações na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Apesar da melhora em 11 anos, o Estado ainda tem 59.479 crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos sem frequentar a sala de aula.
Do total de alunos que continua fora da escola, 37.503 são de jovens de 15 a 17 anos, que deveriam estar matriculados no Ensino Médio. Em 2004, esse montante era de 64.464. No entanto, a maior redução no Estado foi registrada na primeira infância, entre crianças de 4 e 5 anos. Os dados de 2015 apontam para 9.048 sem frequentar aulas, sendo que no primeiro ano da amostra eram 22.097 nesta situação.
Em nível nacional, o 'Todos Pela Educação' registrou quase 2,5 milhões de crianças e adolescentes fora da escola. A taxa de matrículas subiu 4,7 pontos percentuais desde 2005, atingindo 94,2% em 2015. Na Paraíba, esse índice de atendimento alcançou 93,3%, mas ainda é insuficiente para alcançar a Meta 1 do Movimento para esse ano, que era de 96,2%.
Para o movimento, o crescimento na taxa de atendimento foi puxado, especialmente, pelo salto no percentual de crianças de 4 e 5 anos matriculadas, de 72,5% para 90,5% no período. Cenário que também foi registrado na Paraíba, com um aumento de 83,8% para 91,6% nesta faixa etária.
Em números absolutos, o Nordeste é a região com a maior população em idade escolar fora da escola (809.250), seguida pelo Sudeste (746.910). Entre as unidades da federação, aquelas que têm as maiores populações de 4 a 17 anos sem matrícula são também as mais populosas: São Paulo (338.519), Minas Gerais (226.981) e Bahia (211.379).
Para Priscila Cruz, presidente executiva do Todos Pela Educação, o avanço nos percentuais precisa ser visto com cautela. “Mesmo com percentuais de atendimento aumentando, isso não tem significado uma redução na mesma proporção do número absoluto das crianças e jovens fora da escola, uma vez que a população em idade escolar no Brasil está diminuindo comodecorrência da mudança do perfil etário”, diz.
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