Votações: oposição obstrui pauta

A sessão de ontem iniciou já com o anúncio do líder da oposição, André Gadelha (PMDB), de que a orientação da bancada era de votar contra as MPs. Após a derrota da MP 183, o governo obteve uma vitória: graças ao voto do deputado João Gonçalves em favor do governo e com o voto de minerva do presidente Edmilson Soares, o plenário derrotou, por 18 votos a 17, o parecer da CCJ contrário à MP 184. Diante disso, a bancada formada pelo PMDB, PT e PSC pediu a obstrução da pauta e impediu o prosseguimento da votação, levando o presidente dos trabalhos, deputado Edmilson Soares, a encerrar a sessão. Portanto, o mérito da MP 184 só será votado após terminar o prazo da obstrução, que são de três sessões, assim como a MP 185, que fixou data-base e reajuste para os servidores do Estado.

O líder Hervázio Bezerra criticou a “manobra regimental”. “Eles obstruíram a votação porque sentiram que iriam perder a votação”, disse Hervázio. O líder da oposição, André Gadelha (PMDB), reconheceu que a obstrução da votação da MP 184 se deu pela oposição prever a derrota. “Nós sentimos que não tínhamos a certeza da vitória, a vitória do Fisco, dos servidores, de quem está lutando pelo bem-estar da categoria. Então, nós obstruímos e vamos discutir melhor essa matéria junto com a bancada e esperar que alguns dos deputados governistas possam votar com a oposição”, disse Gadelha.

A MP 184 reserva pelo menos 20% dos cargos em comissão para servidores efetivos na administração direta do Estado, para insatisfação dos servidores de carreira do Fisco, que hoje têm garantidos 80% desses cargos em comissão. Hervázio explicou que a medida está regulamentando o que disciplina a Constituição.