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COTIDIANO

Pais aceleram educação dos filhos

Resolução do Conselho Nacional de Educação divide opiniões de pais, professores e pedagogos.

Publicado em 11/12/2011 às 15:49 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:29

e acordo com a assessora do Sindicato das Escolas Particulares, Bernadete Lima, há realmente pais que querem adiantar os filhos na escola e forçam a matrícula em idade inadequada. “A escola não deve fazer a matrícula porque o pai acha que o filho tem maturidade para a alfabetização. Existe uma coordenação pedagógica e psicológica nas escolas que pode avaliar se a criança tem tanto o conhecimento, como condições de acompanhar a turma”, disse Bernadete.

Segundo ela, há crianças que já entram nas escolas particulares antes dos 2 anos e cursam toda a educação infantil, às vezes, com 2 ou 3 meses adiantado.

“Portanto, há muitos casos em que a criança com 5 anos já está apto, sabendo ler e escrever. Não seria justo não poder passar para o Ensino Fundamental”, afirmou a assessora do sindicato.

“Talvez, a resolução funcionasse apenas para as escolas públicas, nas quais as crianças começam a estudar a partir da alfabetização”, completou.

Para Cida Uchoa, da Secretaria de Estadual de Educação, há uma grande diferença em saber ler e ter um senso crítico. “Às vezes a criança já sabe decodificar as letras, mas não tem a menor ideia do que leu. O aprendizado cognitivo não deve ser o único parâmetro para dizer que a criança já está alfabetizada”, explica a gerente da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da Secretaria Estadual de Educação.

Para o pedagogo e diretor de escola particular, Roberson Ramos de Vasconcelos, “ resolução do CNE é absurda”.

Segundo ele, não é um ou dois meses a mais ou a menos que pode medir se a criança está apto ao Ensino Fundamental. “O ensino na educação infantil hoje em dia está mudado, as crianças estão mais avançadas e o seu conhecimento não pode ser medido apenas pela idade”, disse Roberson, que também é membro do Conselho Estadual de Educação.

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Jornal da Paraíba

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