POLÍTICA
Em reunião com governadores, PSB decide ir para a oposição
Decisão será submetida na próxima semana pelo presidente da legenda, Carlos Siqueira, à Executiva Nacional.
Publicado em 23/09/2015 às 8:00
O PSB deve deixar a posição de independência e assumir postura de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Esta foi a resolução tomada ontem durante a reunião, em Brasília, entre os governadores do partido – Ricardo Coutinho (PB), Paulo Câmara (PE) e Rodrigo Rollemberg (DF) – com as bancadas socialistas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A decisão será submetida na próxima semana pelo presidente da legenda, Carlos Siqueira, à Executiva Nacional.
Caberá ao colegiado definir a posição oficial do partido em relação ao governo federal. “Entendemos que é um governo moribundo, temos que encontrar um meio de o país não sangrar por muito tempo”, afirmou Siqueira, que revelou que a maioria dos parlamentares se disse favorável a um eventual pedido de impeachment da presidente da República caso venha a ser colocado em votação, o que tem apoio da bancada do PSB no Congresso Nacional.
Segundo Siqueira, os congressistas também concordaram em votar contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), proposta pelo governo com o objetivo de tentar cobrir o rombo nas contas públicas. A matéria foi entregue ontem na Câmara Federal. “Ninguém aprova a CPMF”, afirmou o presidente do PSB.
A orientação contrária à CPMF provocou a preocupação dos governadores socialista. Ricardo Coutinho, que tem se posicionado favorável à proposta, é um dos que acreditam que a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional da CPMF deve incrementar os cofres do Estado, que tem sofrido um baque na arrecadação nos últimos meses. Os outros governadores do PSB também esboçaram sua preocupação com o impacto da crise sobre estados.
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