Animais transferidos de zoológico em MG chegam à João Pessoa

Duas onças pardas e uma irara chegaram de avião e após um período de adaptação vão receber visitas na Bica.

Parque Arruda Câmara, a Bica, em João Pessoa | Foto: Divulgação

Duas onças pardas e uma irara (animal semelhante à doninha) chegaram em João Pessoa no início da tarde desta quinta-feira (24). Os animais foram transferidos do zoológico Bosque Jacarandá, em Uberaba, Minas Gerais, e devem ficar no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, a Bica, após passarem por um período de isolamento e adaptação.

Segundo a GOL Linhas Aéreas, cerca de 30 pessoas participaram em toda a operação de transporte dos animais, entre Minas Gerais, São Paulo e Paraíba. O transporte foi feito pela unidade de soluções logísticas da empresa, a Gol Log, como cortesia da companhia. Na madrugada, os animais saíram de de Uberaba e foram para Uberlândia (MG), de onde um voo saiu às 6h20. Eles então chegaram em São Paulo às 7h40 e de lá, saíram para João Pessoa às 9h05, pousando no Aeroporto Castro Pinto às 12h15.

Conforme a Bica, existe um protocolo de chegada de animais, que devem ficar em isolamento por causa do estresse da viagem. Eles ainda vão passar por um período de adaptação ao recinto e só então é que devem receber visitas do público. Ainda não há previsão de quando isso vai acontecer. 

A transferência de animais do Bosque Jacarandá faz parte das demandas do Termo de Compromisso (TC) firmado entre a prefeitura de Uberaba e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que prevê que não haja mais animais no Bosque.

O termo foi firmado em 2019, após as condições do Parque Jacarandá serem debatidas entre a prefeitura e o MPMG. O encontro aconteceu após denúncias que o Ministério Público recebeu sobre as más condições dos animais do parque. A prefeitura se comprometeu a realizar melhorias no local e não receber mais animais.

Apesar do acordo ser para que não haja mais animais no local, a Prefeitura de Uberaba destacou que a maioria que reside no Zoológico é idoso e não pode ser retirado e nem submetido ao estresse causado pelo transporte ou visitação do público.
No caso, estão sendo transferidos os animais mais jovens, enquanto o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais analisa a documentação sobre a reforma dos recintos para acomodar os animais restantes até o final dos ciclos biológicos.