A secretária escolar Jaqueline Veloso foi uma das milhares de fiéis que participaram da 260ª edição Romaria da Penha, em João Pessoa, entre a noite de sábado (25) e a madrugada de domingo (26). Ela doa garrafas de água para os peregrinos que vão para a caminhada como forma de retribuição a um milagre que ela atribui à Nossa Senhora da Penha. A história dela foi contada no Paraíba Comunidade.
De acordo com Jaqueline, ela participou da romaria pela primeira vez por curiosidade, mas ficou surpresa com a fé das pessoas e decidiu fazer sua própria promessa. A peregrinação parte da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no bairro de Jaguaribe, em direção ao Santuário de Nossa Senhora da Penha, na Zona Sul da cidade.
“A primeira vez que fui olhar a Romaria da Penha, eu fiquei encantada com o tamanho da fé daquele povo. Eu fui como curiosa, de tanto ouvir falar, quando cheguei eu testemunhei a fé dos idosos que iam de cadeira de rodas, de muleta, criancinhas com os pais… eu acho que aquilo me tocou de tal forma que eu disse: vou fazer uma promessa pra Nossa Senhora da Penha”, afirmou.
Seu filho nasceu com refluxo, uma doença caracterizada pelo retorno involuntário do conteúdo do estômago para o esôfago, e necessitava de intervenção cirúrgica. Ela fez uma promessa à santa para que a saúde do filho fosse restaurada e, durante os exames pré-operatórios, recebeu a notícia que o menino estava curado.
Segundo Jaqueline Veloso, o próprio médico não acreditou nos resultados do exame e disse que só acreditava que o menino teve a doença porque ele próprio diagnosticou o refluxo.
Após a notícia da cura, a devota decidiu doar água para os fiéis que participam da tradicional Romaria da Penha. Segundo ela, o trabalho iniciou há seis anos e só foi interrompido pela pandemia de Covid-19.
“Tinha muitos ali que vão pela fé, só com o dinheiro da passagem, não tem nem o dinheiro pra comprar água, então eu disse que ia doar o que podia. Desde 2017 doamos água, paramos na pandemia, mas voltamos neste ano para agradecer”, afirmou Jaqueline.
