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VIDA URBANA

Em teste, Canal Acauã-Araçagi começa a liberar água para Agreste da Paraíba

A obra deve atender área de aproximadamente 16 mil hectares de terras irrigadas.

Publicado em 27/01/2021 às 13:40 | Atualizado em 27/01/2021 às 13:53


                                        
                                            Em teste, Canal Acauã-Araçagi começa a liberar água para Agreste da Paraíba
FRANCISCO FRANCA

O governo da Paraíba realizou o primeiro teste com água no Canal Acauã-Araçagi nesta  terça-feira (26). A ação ocorreu no lote 1 da obra, no município de Itatuba, no Agreste paraibano. O Canal Acauã-Araçagi tem o objetivo de promover o suprimento regular de água bruta aos municípios da planície costeira interior, no Agreste paraibano, das populações municipais desta região e dos projetos hidroagrícolas ali instalados.

A obra visa o atendimento e abastecimento de água potável para 38 municípios da região, em caráter regular e contínuo e durante o período seco, o suprimento de água, permitindo o atendimento de uma área de aproximadamente 16 mil hectares de terras irrigadas, desde o Açude Acauã até o Rio Camaratuba, beneficiando mais de 600 mil habitantes.

O dispositivo para liberação da água foi acionado pelo secretário da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, Deusdete Queiroga. “Esse é sem dúvida um momento importante de uma obra que terá função de mudar a realidade da região, possibilitando a irrigação para agricultura familiar, irrigação empresarial e também de dar segurança hídrica às cidades localizadas ao longo do canal”, ressaltou Deusdete Queiroga.

O representante do Consórcio Acauã, William Marques Sarmento, assegurou a execução da obra dentro do prazo estipulado. Segundo ele, os repasses financeiros estão sendo feitos a contento para garantir o pagamento dos 450 funcionários diretos, que trabalham na obra.

Projeto

O projeto do Sistema Adutor da Vertentes Litorâneas da Paraíba Canal Acauã-Araçagi compreende 17 segmentos de canais abertos com seção trapezoidal, totalizando 130,44 km, intercalados por cinco trechos de sifões invertidos, construídos em tubos de aço, para ultrapassar vales de rios e córregos, sete aquedutos, galerias para travessias de ferrovia e rodovia. O sistema foi projetado para trabalhar totalmente por gravidade e transportar vazões que variam de 10 m³/s no trecho inicial a 2,5 m³/s no trecho final.

O projeto é dividido em três lotes de obras. O lote 01 está com um percentual de execução da ordem de 94,38%, onde foram feitos os testes e comissionamento a seco, em novembro de 2020; o lote 02 está com um percentual de execução da ordem 67,11% e o lote 03, que deverá ser licitado em 2021. Portanto, o lote 01 tem prazo até maio de 2021 e o lote 02 até dezembro de 2021, para conclusão. O lote 03, após licitação, terá prazo de execução de dois anos.

A obra vai garantir a sustentabilidade hídrica das seguintes bacias litorâneas: Bacia do Rio Paraíba, Bacia do Rio Gurinhém (afluente do Rio Paraíba), Bacia do Rio Miriri, Bacia do Rio São Salvador, Bacia do Rio Mamanguape, Bacia do Rio Araçagi, Bacia do Rio Camaratuba.

O Canal Acauã-Araçagi visa o aproveitamento de águas interiores e águas a serem transpostas pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – PISF, através do Eixo Leste, em implantação pelo Governo Federal. As águas transpostas pelo Projeto São Francisco já chegaram à Paraíba desde o mês de março de 2017.

A captação se dá no Açude Acauã (Barragem Argemiro de Figueiredo) localizada no baixo Rio Paraíba, ao sul do Estado. A partir da tomada d’água o sistema adutor avança em direção ao norte até desaguar em um afluente do Rio Camaratuba, no município de Curral de Cima. Neste percurso de aproximadamente 129,178 km de extensão, o sistema adutor cruza as bacias dos rios Gurinhém, Mirirí, e Mamanguape/Araçagi, integrando-as, e promove implantação de obras do empreendimento em áreas dos municípios de Itatuba, Mogeiro, Salgado de São Felíx, Itabaiana, São José dos Ramos, Riachão do Poço, Sobrado, Sapé, Mari, Cuité de Mamanguape, Araçagi, Itapororoca e Curral de Cima.

Imagem

Angélica Nunes

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