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VIDA URBANA

Média de ataques a escolas na Paraíba já é atingida em maio

Pelo menos três instituições públicas e privadas são atacadas a cada 30 dias no Estado, média que já foi alcançada nos dez primeiros dias deste mês.

Publicado em 11/05/2016 às 17:58

Escolas públicas e privadas da Paraíba voltam a enfrentar um novo surto de violência contra seus alunos, professores e funcionários. Além dos membros da comunidade escolar, outro alvo preferencial dos bandidos é o patrimônio dos educandários. Com impressionante regularidade, um número cada vez maior de colégios é arrombado durante a madrugada.

Na maioria dos casos, os arrombamentos são facilitados pela inexistência de vigilância humana ou eletrônica e, principalmente, pela falta de policiamento no entorno e nas ruas das escolas. Mas durante o dia a insegurança persiste e os crimes se repetem. Antes de chegar à sala de aula, estudantes são assaltados ou assediados por vendedores de drogas.

O fato de se encontrar já dentro do colégio, todavia, em nada protege a integridade do aluno, do professor, do funcionário ou de seus pertences. Volta e meia, bandos invadem escolas e promovem aterrorizantes arrastões. Esses ataques comumente são marcados por agressões físicas às vítimas, como castigo adicional ao trauma de verem seus celulares, relógios e dinheiro levados pelos ladrões.

Graças à sequência de delitos, pelo menos três educandários são atacados a cada 30 dias no Estado, média que já foi alcançada nos dez primeiros dias deste mês de maio com as ocorrências registradas pela Polícia as últimas 72 horas.

Na noite de segunda-feira (9), menos de uma semana depois de ter sido alvo de um ataque, o Colégio Estadual Marechal Almeida Barreto, de Juazeirinho, foi invadido por duas pessoas encapuzadas que roubaram tudo o que podiam dos estudantes e de quem mais se encontrava na escola naquele momento.

Na terça (10), dois ataques. O primeiro, cedo da manhã, a uma escola particular em Campina Grande, no bairro de Santo Antônio. Os assaltantes desembarcaram de uma moto por volta das 6h30 no local, renderam o porteiro e passaram a ‘recepcionar’ - de arma em punho - os alunos que chegavam. Foram embora levando celulares e a certeza de que não seriam incomodados pelas autoridades. Chamada, a Polícia não compareceu ao colégio.

A segunda violência mais expressiva contra escolas nessa terça foi registrada à noite no Instituto Federal da Paraíba em Cabedelo. Dois bandidos tomaram a arma de um vigilante e tentaram balear outro que reagiu atirando. Apesar de curto, o tiroteio causou pânico e suspensão das aulas no IFPB.

Imagem

Jornal da Paraíba

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