Dominar o idioma é essencial

Quem não tem o exato conhecimento da língua é mal visto não só pelos empregadores como também pelos clientes das empresas.

Ter domínio do Português é um importante requisito para garantir uma vaga no mercado de trabalho. Quem não tem o exato conhecimento da língua é mal visto não só pelos empregadores como também pelos clientes das empresas e fica de fora das seleções de emprego.

Conforme a sócia diretora da Top Company RH (especializada no recrutamento e seleção de candidatos), Ângela Medeiros, é muito comum profissionais de todos os níveis de escolaridade cometerem erros de português no falar e no escrever. Isso desde a redação dos currículos, envio de e-mails, à escrita de memorandos e ofícios.

“O que mais percebemos são os erros de concordância, por exemplo: trocar o ‘está’ por ‘estar’, ‘vi’ por ‘vir’, ‘concerteza’ (ao invés de com certeza), dentre outros. Algumas vezes percebe-se que são erros de digitação (que também devem ser evitados). No entanto, de modo geral, é por falta de conhecimento mesmo. Se há dúvida, é melhor buscar uma palavra sinônima”, comentou Ângela.

A especialista lembrou que por mais que algumas situações permitam uma linguagem simples, ela deve ser bem pronunciada ou bem escrita. “A organização das ideias no falar e no escrever fala muito do que somos e de como nos relacionamos com os outros. Essas são competências consideradas fundamentais em todo e qualquer processo seletivo”, enfatizou.

A sócia-diretora da Top Company contou, ainda, que recentemente recebeu um e-mail com o currículo de uma candidata com formação superior e MBA, mas que cometeu graves erros na escrita. A profissional, que se inscreveu para participar de um processo seletivo para a função de Coordenador Pedagógico, escreveu ‘derrepente’ e ‘tudo haver’ no texto do e-mail.

“O empregador respondeu para mim: ‘quanto à candidata abaixo, pelo que escreveu, possui dois anos em educação e ainda comete erros de português’. O contratante nem quis entrevistar a candidata”, revelou Ângela, ao lembrar que quando o candidato escreve ou fala errado, ele fica em situação desfavorável, por melhor que seja o seu currículo.

Já ocorreu, em seleção realizada pela Top Company, de um candidato que não tinha todos os requisitos da vaga ser contratado porque falava corretamente e com cortesia. “No caso, a vaga era de motorista e era solicitado três anos de experiência.

Mas o candidato só tinha um. A forma dele se expressar verbalmente, porém, foi o fator decisivo para a escolha do contratante”, exemplificou Ângela Medeiros.