Academia Paraibana de Cinema diploma três membros

Karoline Zilah

A Academia Paraibana de Cinema aproveitou a terceira noite do Cineport para reunir seus integrantes, anunciar novidades e diplomar mais três membros, além de prestar homenagens.

Representada pelo seu presidente, o escritor, turismólogo, amante e incentivador do cinema, Wills Leal, a associação lançou o seu prêmio de cinema, que irá prestigiar filmes locais e nacionais concorrentes em sete categorias. De acordo com Wills, a entrega dos troféus deve acontecer no dia 28 de dezembro, Dia Mundial do Cinema.

Em um segundo momento do encontro, o presidente aproveitou para divulgar publicações produzidas pela Academia em parceria com o Sebrae. A primeira, uma agenda do cinema paraibano, onde estão datados eventos previstos para o ano de 2009, dados sobre políticas de incentivo à cultura, festivais e até endereços de instituições e empresas ligadas à produção cinematográfica no Estado.

Como o objetivo da associação é preservar a memória da sétima arte na Paraíba, uma outra novidade é o livro-catálogo com informações sobre a vida e a obra dos patronos das 50 cadeiras da Academia, além de dados biográficos sobre os demais integrantes, todos paraibanos que têm vivência com a cinematografia ou produzam obras utilizando a imagem em movimento.

Para finalizar a reunião da Academia de Cinema, Wills Leal homenageou a produtora cultural Mônica Botelho, pela iniciativa de ter trazido o Cineport à Paraíba, e entregou diplomas de novos membros aos atores Luiz Carlos Vasconcelos ("Carandiru", "Romance do Vaqueiro Voador") e Marcélia Cartaxo ("A Hora da Estrela" e "Tempo de Ira") e ao diretor Wladimir Carvalho ("Cabra Marcado para Morrer").

Este último, em seus agradecimentos, registrou que a Paraíba, apesar de não ter um cinema poderoso economicamente, resiste à falta de recursos pelo sentimento forte daqueles que o fazem.

Tributo

Uma lembrança triste também teve espaço no evento: um breve tributo a Creusa Pires, que morreu neste domingo (3) aos 81 anos após cirurgia para a retirada de um tumor.

"Uma mulher pobre que chegou ao ponto máximo da sociedade, mas não deixou de usar aquele vestido feito praticamente de chita. É uma personagem que jamais se repetirá na sociedade paraibana", testemunhou Wills Leal sobre a mulher que foi símbolo da cultura para os idosos à frente do bloco carnavalesco da Melhor Idade.