Agente é preso por dirigir carro da Polícia Civil sem autorização, diz Aspol

Direção da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba  divulgou que um agente administrativo foi por cometer um desvio de função.

A direção da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol-PB) divulgou que um agente administrativo foi preso na manhã da terça-feira (18) por cometer um desvio de função. Ele teria sido flagrado em João Pessoa conduzindo um carro pertencente à 14ª Distrital de Tibiri, em Santa Rita, na região metropolitana. De acordo com o delegado Sandro Bezerra, presidente da Aspol, somente um agente de investigação ou um motorista policial poderiam conduzir o veículo. O condutor estaria a serviço de um delegado, que não evitou a infração.

Os delegados que flagraram o agente administrativo na direção consideraram que ele descumpriu a lei e uma portaria interna que regula as funções permitidas para o cargo. O crime previsto no artigo 328 do Código Penal prevê detenção de três meses a dois anos e pagamento de multa.

Conforme o comunicado publicado no site da Aspol, a associação diz que o agente administrativo há havia sido alertado sobre a proibição de trabalhar como motorista do delegado, mas ainda assim teria descumprido a orientação.

As investigações sobre a suspeita de desvio de função agora são conduzidas pela Gerência Executiva de Polícia Civil da região metropolitana de João Pessoa.

A prisão foi promovida dentro de operação realizada pela Aspol, a “Cumpra-se a Lei”. O objetivo, segundo Sandro Bezerra, é reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste salarial para agentes, escrivães e motoristas policiais. Em protesto, os profissionais começaram a suspender os plantões extras realizados principalmente nos fins de semana para suprir a falta de efetivo. Os policiais reclamam de estarem sobrecarregados. As exigências não foram comentadas pelo Governo do Estado.

Mesmo com a denúncia da Aspol, o delegado Luiz Carlos Monteiro Guedes, da 14ª Delegacia Distrital de Tibiri, negou o caso e disse que ninguém foi preso. “Isso é normal, todo mundo dirige esses veículos”, disse, mas se recusou a passar mais informações sobre o caso. A carceragem da Central de Polícia também negou que alguém com o nome do suspeito estivesse preso no local.