Campina Grande já registrou 166 assassinatos este ano

Mais um homicídio é registrado em Campina, um homem de 31 anos foi esfaqueado no pescoço e morreu. A vítima era usuária de crack.

A rotina dos trabalhadores da Feira Central de Campina Grande foi interrompida no início da manhã de ontem pela violência.

Isaías de Melo Santana, de 31 anos, foi encontrado morto com duas facadas no pescoço por volta das 6h, em frente a um bar na rua Manoel Pereira de Araújo, conhecido ponto de prostituição e consumo de drogas. Segundo a polícia, a vítima usava crack.

Somente este ano, já foram confirmados 166 assassinados no município, contra 199 ocorrências deste tipo de crime em 2010.

Ao lado do corpo, a polícia encontrou um cachimbo artesanal conhecido como ‘marica’ e usado geralmente para consumo de drogas. Já no bolso da bermuda usada pela vítima havia uma pedra de crack. De acordo com testemunhas, a vítima era conhecido na região pelo apelido de ‘Papaléguas’. A polícia acredita que Isaías foi morto durante uma briga entre usuários de crack, já que o crime teria sido cometido sem planejamento.

“Ele foi atingido por duas facadas na altura do pescoço e pelo ferimento acreditamos que foi usada uma faca do tipo serra de pão. Pode ter sido uma discussão entre usuários, pois as mortes encomendadas pelo tráfico são feitas geralmente praticadas à bala”, adiantou o delegado Cristiano Sousa Brito, plantonista que atendeu a ocorrência.

Ainda não se sabe quem cometeu o crime e qual o motivo que teria iniciado a discussão entre os usuários. A hipótese de roubo, porém, está sendo descartada pela polícia, pelo menos no início das investigações. A vítima morava no bairro das Malvinas.

Testemunhas relataram à polícia que Isaías já trabalhou com mototaxista clandestino e usava o veículo para fazer entregas de drogas, atuando como ‘aviãozinho’ do tráfico. Segundo o delegado Cristiano Brito, há informações ainda de que a vítima é ex-presidiário e tinha passagens pela polícia por tráfico. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Campina Grande, que assumiu as investigações.