Combate ao tráfico no Seridó

A Delegacia Regional da Polícia Civil em Campina Grande realizou ontem a Operação ‘Rota do Seridó’ com o objetivo de desarticular o esquema de distribuição de drogas na divisa da Paraíba com o Rio Grande do Norte. A ação policial se concentrou na cidade de Juazeirinho, no Seridó, onde 17 acusados foram presos. Oito quadrilhas acusadas de tráfico que atuavam na cidade foram desarticuladas pela polícia.

A ação foi coordenada por dez delegados e contou com a participação integrada de 60 agentes de várias delegacias da região para o cumprimento de 22 mandados de prisão. Três suspeitos continuam foragidos. As buscas começaram por volta das 3h e aconteceram em seis bairros de Juazeirinho.

As equipes fizeram uma varredura nos pontos de venda de drogas situados no Centro de cidade, como também nas comunidades da Bela Vista, Arnaldo Lafaiete, Recifinho, Buriti e Frei Damião, local apontado como mais perigoso. “Estávamos com uma mandado de busca itinerante e por isso, tínhamos autorização para entrar em qualquer casa, mas obviamente concentramos a ação onde já havia suspeitas”, explicou o delegado Fernando Zóccola, um dos coordenadores da operação. O mandado de busca, bem como os mandados de prisão foram expedidos pela juíza Isabelle de Freitas, da comarca de Juazeirinho.

Na casa de Leandro da Silva, 26 anos, apontado como um dos líderes do tráfico, a polícia apreendeu 300 gramas de maconha escondidos no congelador, além de nove pedras de crack e um revólver calibre 38, além de vários sacos plásticos usados pelos traficantes para embalar drogas. Um cão farejador foi usado nas buscas. Quatro celulares foram apreendidos, já que possivelmente foram entregues aos acusados como pagamento de dívidas de entorpecentes. A polícia tem indícios de que Leandro tem envolvimento com outros crimes, como assaltos e até homicídios, mas ainda está apurando.

Além dos 17 acusados presos durante a operação, outros dois acusados que tinham mandados de prisão expedidos foram localizados na cadeia da cidade, onde já estavam detidos por outros crimes e também vão responder por tráfico de drogas e associação ao tráfico.

Todos tiveram prisão preventiva decretada por um prazo de 30 dias. “Este tempo é fundamental para que possamos investigar melhor para evitar que eles interfiram nas testemunhas”, informou Fernando Zóccola.