Criança baleada implorou para não ser atingida, afirma parente

Tiroteio aconteceu na segunda (2) no bairro do Rangel em João Pessoa. Família acredita se tratar de briga de facções.

“Não atire em mim que eu não tenho nada a ver com isso, eu não fiz nada”. Essa teria sido a última frase de um menino de 8 anos antes de ser baleado na noite de ontem durante um tiroteio no bairro do Rangel, em João Pessoa. Segundo os parentes da vítima, que não quiseram se identificar, toda a família estava reunida em frente da própria casa, quando cinco homens chegaram em um carro vermelho. Em seguida, três desceram e começaram a atirar. Além da criança, a irmã dele, de 14 anos, e um tio, de 37, também foram atingidos. Todos foram socorridos e encaminhados ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.

A família não descarta que o tiroteio tenha acontecido por causa de uma briga de facções que acontece no local. “Isso é coisa do pessoal que usa drogas lá do outro lado. Aí chega aqui e vem atirando em gente que não tem nada a ver. Porque o menino era muito pequeno, não sabe nem o que tava acontecendo. Da última vez atingiram meu vizinho aí da frente. Também chegaram de repente já atirando”, relata um parente que não quis se identificar.

Segundo a família, após pedir para não ser atingido, o menino levou um tiro no joelho e, depois os atiradores voltaram e dispararam um segundo tiro, que atingiu a barriga da criança. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, em estado grave, mas estável. A adolescente foi atingida também no joelho, mas já recebeu alta médica e está em casa. O eletricista Hermilton Livramento da Silva, de 37 anos, que é tio da criança, foi atingido na perna e na altura do tórax e está em estado grave, de acordo com o boletim do Hospital de Trauma.

De acordo a Polícia Militar, equipes fizeram ronda no bairro do Rangel para localizar os os suspeitos mas até a manhã desta segunda-feira ninguém havia sido preso. A polícia também trabalha com a hipótese de que o alvo dos disparos seria um ex-presidiário. O caso agora está com a Delegacia de Homicídios de João Pessoa.