Depoimento de Marcelinho Paraíba é adiado por causa de jogo

Advogado pede adiamento da audiência para esta terça-feira (24) por conta de compromisso profissional do jogador

Foi adiada a audiência do jogador do Sport Club do Recife Marcelinho Paraíba que deveria comparecer na tarde desta segunda-feira (23) à 7ª Delegacia Distrital de Campina Grande. Desta vez, o campinense indiciado na última sexta-feira (20)  por estupro iria prestar declarações na condição de testemunha. O referido processo investiga se o delegado Rodrigo Pinheiro, irmão da suposta vítima de Marcelinho, efetuou disparos de arma de fogo durante uma festa que aconteceu no sítio do jogador, em novembro de 2011.

O advogado Afonso Villar explicou que o adiamento foi motivado por um compromisso profissional do paraibano. O jogador está escalado para disputar uma partida do Campeonato Pernambucano contra o time Petrolina na noite desta segunda-feira (23), remarcada devido às chuvas que caíram no Recife no domingo (22).

Além do atleta, outras testemunhas devem ser intimadas, segundo o delegado designado para apurar o caso. "O quadro vai se delinear de acordo com o que forem dizendo até que o suspeito seja ouvido no final, conforme a regra processual", acrescentou Francisco de Assis.

O delegado da 7ª DD ainda informou que Rodrigo Pinheiro também vai ser ouvido, apesar de não haver previsão de data para o depoimento do suspeito. Em entrevista concedida no dia da prisão do atleta, Pinheiro havia alegado que os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho, declaração já negada pelo jogador.

Entenda o caso

Segundo informações do delegado Fernando Zoccola, a suposta vítima afirmou em seu depoimento que o crime aconteceu em novembro de 2011 durante uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, como comemoração pela ascenção do time à Série A do Campeonato Brasileiro.

A mulher contou que Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. Ela apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) onde foi submetida a um exame de corpo de delito.

Outros três amigos de Marcelinho também foram detidos durante o tumulto. Junto com o jogador, eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião, o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça.