“Eu me sentia mais seguro”, diz motorista sobre Manzuá

Motorista diz que postos da Manzuá nas estradas davam maior sensação de segurança.

Para alguns motoristas, os postos físicos da operação Manzuá, mesmo ineficientes, passavam a sensação de segurança nas estradas. “Quando viajava e passava em algum posto da Manzuá me sentia bem mais seguro. Hoje em dia a situação é muito diferente. A gente viaja do Litoral ao Sertão e não encontra praticamente nenhuma fiscalização nas estradas”, destacou o contador Geraldo Costa Abrantes.

O comerciante João Batista Dias também se diz contrário ao fim da operação Manzuá. “Era uma segurança que nós motoristas tínhamos nas rodovias”, opinou. “Meu irmão se livrou de um assalto graças aos policiais da Manzuá. Ele estava em um veículo de transporte alternativo, onde vinham também dois rapazes armados de revólveres. Os policiais pararam o carro, evitando o assalto”, contou.

Já o capitão Edmilson Castro explicou que nos últimos anos, a Manzuá passava apenas uma falsa sensação de segurança. “A população sentiu porque os postos físicos saíram, mas é preciso entender que a operacionalidade que temos hoje é bem maior”, frisou. O capitão chamou a atenção para o fato de que, da mesma forma que o cidadão sabia que havia um posto em determinado local, o bandido também tinha conhecimento e desviava o caminho.

O comandante da 1ª Companhia de Polícia de Trânsito Urbano, major Gerson Lima, considera que a substituição da Manzuá pelo BPTran representou uma melhora significativa. “Destaco a unidade de procedimentos. Antes tínhamos companhias e cada uma tinha seu comandante, sua filosofia e divergia nos procedimentos técnicos”, afirmou. “Com a mudança, temos a unidade no entendimento. O que se faz em João Pessoa se faz também no interior”, explicou.