O Grupo de Operações Especiais (GOE) prendeu na madrugada de ontem três homens acusados de comandar pelo menos 20 ‘bocas de fumo’ na Zona Sul de João Pessoa. O trio foi detido na comunidade Citex, no Geisel, local onde implantaram toque de recolher e aterrorizavam moradores. Existe a suspeita de que os três homens recebiam ordens de um detento que está recolhido em um presídio da capital.
De acordo com o delegado titular do GOE, Rodolfo Santa Cruz, a ação policial teve início após uma denúncia anônima para o 197 informar as constantes ameaças que os acusados faziam contra os moradores. De posse de um mandado de prisão e busca e apreensão, as equipes policiais localizaram e prenderam o trio.
Os três acusados passaram a ter poder na comunidade após assassinar Iderley dos Santos, traficante que comandava o tráfico de drogas na ‘Citex’. “Eles mataram o Iderley e assumiram as ‘bocas de fumo’ que ele controlava. Para manter os territórios de comercialização de drogas eles implantaram toque de recolher na comunidade,” explicou o delegado Rodolfo Santa Cruz.
A ação policial aconteceu em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça contra Fabiano Firmino Leite, de 27 anos. Além de ser acusado de integrar o grupo que trafica drogas na ‘Citex’, ele é foragido da Penitenciária Média, onde cumpria pena de 11 anos por roubo e porte ilegal de arma.
Na mesma casa em que Fabiano Firmino foi detido, a polícia prendeu em flagrante Máximo Cunha da Rocha Júnior, de 20 anos, conhecido por ‘Juninho’. Conforme o delegado Rodolfo Santa Cruz, ele é o líder do grupo e o principal acusado de ter assassinado o traficante Iderley dos Santos por disputas do tráfico de drogas. A polícia prendeu ainda Marcos Fernandes de Oliveira, de 22 anos.
O trio foi detido na mesma residência e não esboçou reação à abordagem policial. Com eles o GOE apreendeu R$ 3 mil que seriam oriundos do tráfico de drogas, uma pistola ponto 40, que é de uso restrito da polícia e estava com a numeração raspada, dois revólveres calibre 38 e uma espingarda calibre 12 que também estava com a numeração raspada.
“A pistola pode ter sido roubada de um policial e somente após passar por um exame químico-metalográfico nós poderemos ter acesso à numeração e identificar o proprietário,” disse Rodolfo Santa Cruz.
Durante depoimento os acusados assumiram a posse das armas, mas negaram qualquer envolvimento com o tráfico. O delegado geral de Polícia Civil, Severiano Pedro, assegurou que os acusados estão associados a grupos criminosos. A prisão deles irá desencadear uma operação mais ampla, tendo em vista que um grande número de pessoas pode estar envolvido no tráfico de drogas que ocorria na comunidade ‘Citex’. Com a prisão do trio a polícia espera mais tranquilidade na comunidade ‘Citex’.
