COTIDIANO
Grupo acusado de assassinato é preso com orelha de vítima
Corpo foi encontrado um dia após o crime no rio Sanhauá, em JP. Entre os acusados está um universitário. Ordem de execução teria saído de presidiário.
Publicado em 26/08/2010 às 13:53
Da Redação
Com fotos de Walter Paparazzo
Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (26), a polícia encontrou um corpo sem as orelhas, às margens do rio Sanhauá, em Bayeux. Três homens acusados do crime foram detidos pela polícia, um deles estava com a suposta orelha da vítima no bolso. Entre os acusados está um estudante universitário, que cursa Administração.
De acordo com o tenente Antônio, na quarta-feira (25) a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima informando que um homem seria assassinado no bairro Alto do Mateus, em João Pessoa. Imediatamente uma equipe foi até o local para evitar o crime, mas não conseguiu evitar.
No local, a polícia encontrou uma orelha, munições e sangue, mas nenhum corpo. Com as diligências, conseguiu prender um dos acusados, Paulo César Fernandes Filhos, de 22 anos, que confessou participação no assassinato e ainda levava dentro do bolso uma das orelhas da vítima e a faca usada no crime.
Paulo disse que cometeu o homicídio por ordem de presidiários. Ele confessou ter jogado o corpo dentro do rio Sanhauá. Por conta da maré, a vítima só foi encontrada nesta quinta-feira em Bayeux.
Segundo o tenente, mais duas pessoas foram presas por envolvimento. Antônio Luiz da Silva, de 55 anos, e Luís Felipe Coutinho Guerra, de 23, que é estudante de Administração em uma faculdade particular da Capital. De acordo com a delegada Maria Soledade, o universitário estaria acompanhando Antônio, acusado de fornecer armas e munições.
Com eles, a polícia apreendeu armas, entre elas um rifle, várias munições e R$ 10 mil em espécie (foto).
Os acusados prestam depoimento hoje no núcleo de policiamento da Ilha do Bispo, em João Pessoa. Ainda nesta quinta-feira os acusados serão encaminhados para um presídio da Capital.
O corpo, ainda sem identificação, está na Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), onde passa por exames para identificação da causa da morte. Segundo o depoimento dos acusados, o homem assassinado seria um integrante da facção criminosa.
Comentários