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COTIDIANO

Lobão é de direita, mas sua antologia do rock dos 80 é de esquerda

Publicado em 07/08/2018 às 7:36 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:38

Lobão veio autografar um livro em João Pessoa.

A sessão foi numa livraria. Tinha pouca gente.

Quando terminou, o músico foi a uma outra livraria - concorrente daquela que o trouxera para o lançamento.

Foi lá que nos encontramos casualmente, na seção de CDs.

Conversamos durante umas duas horas. A livraria fechou, e continuamos a conversa, praticamente no escuro. Até que saímos por uma porta que dava no estacionamento.

Conversa.

Conversa?

Claro que não.

Era um monólogo.

Com Lobão, não tem conversa.

Só ele fala.

Uma loucura atrás da outra.

Um absurdo atrás do outro.

Uma ofensa atrás da outra.

Mas é um cara inteligente. Muito inteligente. Não há como negar.

Em 1989, no dia em que Collor derrotou Lula, Lobão se aproveitou do fato de estar ao vivo no Faustão e mandou ver:

Lula!!! Lula!!!

Agora, não sei qual seria o brado dele.

Só sei que não é à toa que muitos o veem como um homem de direita.

OK. Lobão é de direita, mas a antologia politicamente incorreta do rock dos anos 80, CD duplo que acaba de lançar, é esteticamente de esquerda.

Ele já havia lançado a antologia em livro. O disco, com capa inspirada no Pepper dos Beatles, fica, então, como trilha do livro.

Em 25 faixas, o rock brasileiro da década de 1980 é fotografado por Lobão.

Lobão e Os Eremitas da Montanha.

É muito bom.

Está todo mundo lá. Até gente que ele trata (ou tratava) como verdadeiro inimigo, a exemplo de Herbert Vianna.

E tem Guilherme Arantes, que nunca vemos entre os caras que fizeram rock nos 80.

E coisas menores que ficaram maiores.

O som é sujo, é pesado, é visceral, é puro rock'n' roll.

Não tem a pasteurização daquela década infeliz. Aquelas baterias eletrônicas, aqueles teclados horríveis.

Não. Não tem nada disso.

Anotem:

Antologia Politicamente Incorreta dos Anos 80 pelo Rock.

O título é assim mesmo.

Vale a pena.

E como vale.

Imagem

Silvio Osias

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