QUAL A BOA?
Mama África: veja como foi gravação de nova versão do clipe 30 anos depois
Chico César, mais uma vez, honra raízes mostrando catolaico diverso e unindo novas gerações àqueles que participaram do clipe original.
Publicado em 19/03/2025 às 12:58 | Atualizado em 19/03/2025 às 13:40

“Esta é a nossa família, a família de Chico César”, diz uma menina de vestido amarelo na introdução do clipe original de “Mama África”, ao lado dos pais de Chico César, Etelvina Ambrosina e Chico ‘Fele’. Em 2025, 30 anos depois do lançamento da música, o compositor paraibano reúne a sua família, que é a cidade de Catolé do Rocha, para gravar uma versão comemorativa do clipe.
No clipe de “Mama África”, Chico César caminha e dança ao lado de seus parentes de sangue, mas também de vizinhos, conhecidos e desconhecidos de Catolé do Rocha. O cantor divide as cenas com crianças vestidas de anjo, músicos, grupos de quadrilha e de reisado, bandas marciais e quem mais quis “se chegar” na gravação.
Essa mistura, que rendeu comentários bem humorados de Marcos Mion no programa da MTV “Piores Clipes do Mundo”, em 1999, é um retrato da obra de Chico César. Talvez, por isso, o clipe fez tanto sucesso e ganhará uma versão em um documentário sobre a trajetória do cantor e compositor paraibano.
Gravações de 'Mama África'

Nas gravações, que aconteceram nesta terça-feira (18), em Catolé do Rocha, Chico César trouxe mais uma vez o catolaico e o oratório, em uma dança do povo negro e índio.
Participaram das gravações grupos de cultura popular da cidade e integrantes da 'Casa do Beradêro', organização sem fins lucrativos, fundada pelo artista, que oferece atividades socioculturais gratuitas em Catolé do Rocha.
A memória dos pais de Chico César, já falecidos, foi honrada pela presença dos irmãos, sobrinhos e sobrinhos-netos do cantor e compositor.
"A família estará representada pelas minhas irmãs, meus sobrinhos, meus sobrinhos netos, porque alguns sobrinhos já tem filho, né? E a grande família que é a do Rocha".
A nova versão ganhou novos rostos, muitos que não eram nem nascidos na época da gravação original. No entanto, participaram também algumas pessoas que, há 30 anos, percorreram as mesmas ruas ao som de “Mama África”, como Aprígio Ferreira do Nascimento, conhecido como Santoca.

Hoje, aos 65 anos, ele comemora estar com saúde e poder estar presente novamente e ressaltou também a presença da família nas duas versões do clipe.
“Eu me senti muito feliz, saber que estou aqui para receber mais uma vez o convite. Graças a Deus, estou aqui, na rua, na mesma rua, minha mãe, minhas irmãs, estão todas aqui comigo participando do clipe novamente”.
*Com imagens e sonoras de Beto Silva/TV Paraíba.
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