Militantes suspeitos de organizar ataques a Mumbai são presos

Operação é a primeira ação do Paquistão depois dos ataques.
EUA recuaram e agora dizem que atentado foi planejado no Paquistão.

Do G1

Forças de segurança paquistanesas cercaram um campo usado por militantes suspeitos de orquestrarem os ataques a Mumbai, em 26 de novembro, e prenderam integrantes, informou a inteligência do país nesta segunda-feira (8).

Essa é a primeira das prometidas respostas em forma de ações que o Paquistão realiza após os ataques. A prisão teria ocorrido em Muzaffarabad, capital da Caxemira paquistanesa.

Jornais locais e a agência de notícias Reuters afirmam que entre os presos está Zaki-ur-Rehman Lakhvi, militante que a Índia nomeava como um dos cabeças dos ataques. Segundo a agência de notícias France Presse, 15 pessoas foram presas.

Neste domingo, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, voltou atrás na afirmativa americana que isentava o Paquistão de alguma ligação nos ataques e afirmou que "não há duvidas" que os atentados foram planejados no país.

O governo civil do Paquistão está sob intensa pressão pata mostrar que tem forças para eliminar os extremistas e que sua agência de inteligência não tem nenhuma ligação com os ataques.

A Índia afirma que militantes do grupo paquistanês Laskhar-e-Taiba são os responsáveis pela tragédia que deixou 195 mortos. Analistas dizem que a organização foi criada com ajuda da inteligência paquistanesa em 1980, para forçar a luta na Caxemira indiana.

O jovem governo de Islamabad negou que os ataques tenham qualquer relação com a inteligência de seu país, mas afirmou que pode ser que os militantes sejam paquistaneses e ofereceu cooperação à Índia. Os dois países lutam nos últimos 60 anos pela região da Caxemira.