Defesa dos réus recorreu da condenação. Procurador diz que réus assumiram risco de matar dentro do Batalhão
Um parecer do Ministério Público (MP) pede a manutenção da condenação de dois dos acusados de envolvimento na morte do sargento Josélio de Sousa Leite, do Corpo de Bombeiros da Paraíba. A vítima foi assassinada em agosto do ano passado, durante um assalto na sede do Batalhão onde ele trabalhava – no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. O bombeiro estava na guarita da unidade, quando foi abordado pelos criminosos.
Segundo a denúncia, foi Jonas Ribeiro Sobrinho que anunciou o assalto e atirou contra o sargento do Corpo de Bombeiros. Depois disso, ele roubou a arma da vítima. Jonas foi condenado a 24 anos de prisão. Já Natan Afonso de Carvalho foi condenado a 21 anos. Ele pilotava a moto usada na ação. A defesa dos dois recorreu da condenação, alegando que eles não teriam tido a intenção de cometer o latrocínio.
Mas para o procurador do MP, Luciano Almeida Maracajá, a dupla assumiu o risco de matar o sargento – já que tinham conhecimento de que ele estava armado e dentro de uma unidade militar. “Pelas provas dos autos, os acusados em função das circunstâncias que envolviam o roubo da pistola de um bombeiro militar, dentro de um Batalhão do Corpo de Bombeiros, assumiram, em coautoria, o risco de produzir o resultado morte”, observou o procurador.
O caso
O sargento dos Bombeiros, Josélio Leite, foi morto a tiros dentro do quartel no bairro de Mangabeira, em João Pessoa – durante um assalto que tinha por objetivo roubar a arma da vítima. O roubo teria tido a participação de um presidiário que cumpre pena alternativa por tráfico de drogas, realizando serviços diários de faxina no local onde o bombeiro militar trabalhava.