ONU cobra solução de Assad sobre conflito na Síria

Kofi Annan alertou que "toda pessoa que tenha uma arma na mão" – sejam rebeldes ou forças leais ao regime – faça sua parte.

Após um fim de semana de sangrentos massacres na Síria, o enviado internacional Kofi Annan chegou ontem ao país pedindo "passos efetivos" ao regime do ditador Bashar Assad para pôr fim ao conflito de modo pacífico.

Mas Annan, que representa a ONU e a Liga Árabe, alertou também que "toda pessoa que tenha uma arma na mão" – sejam rebeldes ou forças leais ao regime – faça sua parte.

"Vim à Síria em um momento crítico nessa crise", afirmou Annan, logo após sua chegada a Damasco, dizendo-se "chocado e horrorizado" pelos ataques recentes.

"Insto o governo a adotar medidas efetivas para sinalizar que está sério na intenção de resolver essa crise pacificamente e para que todos os envolvidos ajudem a criar o contexto correto para um processo político crível. E essa mensagem de paz é não só para o governo, mas para todos com uma arma", disse.

Em um sinal de que a pressão sobre Assad deve aumentar, o chefe das Forças Armadas americanas, general Martin Dempsey, afirmou que os EUA devem estar preparados para agir militarmente "caso isso lhe seja pedido".

"Há sempre uma opção militar. Sempre haverá líderes militares que serão cautelosos quanto ao uso de força porque nunca se tem total certeza do que vem do outro lado. Mas, isso dito, pode-se chegar a esse ponto com a Síria por causa das atrocidades", disse.