Operação prende sete suspeitos de roubos a banco no Litoral Norte

Sete pessoas foram presas durante a 'Operação Hemera', realizada desde a noite desta segunda-feira (24), pelas polícias Civil e Militar no Litoral Norte do Estado. A operação, que tem o objetivo de reprimir assaltos a bancos e a estabelecimentos comerciais, desmantelou uma quadrilha chefiada por Dorjivan Ferreira da Silva, de 27 anos.

Segundo informações divulgadas pela polícia em uma coletiva de imprensa na manhã desta terça (25), Dorjivan foi capturado na noite de segunda em um flat de luxo no bairro de Cabo Branco, em João Pessoa. Ele era investigado há sete meses por clonagem de cartões, estelionato, assaltos a bancos, roubo em postos de combustíveis e outros estabelecimentos.

"Ele fazia a intermediação com bandidos de outros Estados para que viessem realizar os assaltos aqui", explicou o delegado da Delegacia de Mamanguape, Marcos Paulo Sales. "Temos informações que ele possui um lava-jato em Juazeirinho, na Bahia, de onde inclusive é proveniente um dos outros investigados", explicou.

Dorjivan foi preso na companhia de um homem identificado apenas como Ranieri, que também fazia parte da quadrilha. Ambos estavam com duas jovens menores de idade no flat; por compartilharem bebida alcóolica com elas, também serão autuados sob o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbe o consumo de bebidas alcóolicas por menores de idade. Segundo a polícia, outras duas prisões ocorreram no bairro de Nova Mangabeira, em João Pessoa.

Conselheira tutelar fazia parte do esquema

As três prisões restantes foram realizadas na região do Vale do Mamanguape. Uma delas foi de uma conselheira tutelar do município de Mataraca. "Ela era envolvida com um dos membros da quadrilha e, a partir dessa relação, passou a trabalhar para o tráfico de drogas", explicou o delegado Marcos Paulo. "Encontramos 700 gramas de maconha dentro da geladeira da casa dela, em Mataraca", disse.

Segundo o delegado, outros conselheiros tutelares do município começaram a desconfiar da atuação da mulher, mas foram ameaçados pelo grupo e não a denunciaram à polícia.

Assalto motivou investigação

De acordo com Marcos Paulo, as investigações começaram após um assalto a uma família em Mataraca, em novembro de 2014. Na ocasião, o grupo levou R$ 5 mil, um veículo e eletrodomésticos das vítimas. "Durante a fuga, houve troca de tiros com policiais e os suspeitos deixaram documentos pessoais caírem", disse o delegado. "A polícia recolheu esses documentos e, a partir daí, pôde identificar os membros da quadrilha", explicou.

A polícia informou que a investigação ainda não está encerrada, já que outros membros do grupos ainda estão sendo acompanhados.

[Atualizada às 11h]