Padrasto é suspeito de abusar de três enteadas há quatro anos

Crimes estariam acontecendo no município de Pedro Régis, na Zona da Mata. Garotas de 11, 12 e 16 anos disseram que sofriam abusos sexuais. Acusado está foragido.

Karoline Zilah

As Polícias Militar e Civil estão à procura de um agricultor acusado de abusar sexualmente de três enteadas na zona rural do município de Pedro Régis, situado na Zona da Mata paraibana, a cerca de 95 quilômetros da Capital. O delegado Thiago Cavalcanti informou que as três menores de idade prestaram depoimento na terça-feira (15) e revelaram detalhes sobre os abusos.

O crime seria cometido há cerca de quatro anos, desde que o homem se mudou para a casa da família no sítio Carnaúba, em Pedro Régis, para viver com a mãe das meninas.

Segundo a denúncia feita pelo Conselho Tutelar da cidade, o padrasto aproveitava os momentos em que a companheira não estava em casa para acariciar e forçar relações sexuais com as filhas dela. As moças teriam 11, 12 e 16 anos de idade.

"No caso das duas menores de 14 de anos, os atos libidinosos se configuram como estupro de vulnerável. No caso da moça de 16 anos, a acusação formal é de estupro", explica Thiago Cavalcanti.

Na delegacia de Polícia Civil, a mãe disse que não tinha conhecimento dos abusos. Contudo, segundo o delegado, as meninas prestaram depoimento e falaram que já haviam alertado a mãe sobre o caso. "Ela negou que soubesse dos estupros antes e comentou que se separou do acusado assim que percebeu que havia algo errado", explicou Thiago Cavalcanti.

Apesar de ter se separado do agricultor com estas suspeitas, a mulher não procurou a polícia. Quem denunciou o caso a uma rádio local e, em seguida, ao Conselho Tutelar, foi uma pessoa que morava vizinho à família.

Como o acusado é considerado foragido, seu nome não foi relevado pela Polícia Civil. As equipes policiais estão em diligências nos municípios vizinhos à procura dele.

Segundo ele, as três meninas foram encaminhadas à Unidade de Medicina Legal (UML) de Guarabira para serem submetidas a exames de corpo de delito. O objetivo é constatar se as relações sexuais foram consumadas. Elas estão sendo acompanhadas por representantes do Conselho Tutelar.