Pai confirma discussão e diz que disparo foi para o chão

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar em Campina Grande, o cabo João Batista 2, como é mais conhecido na corporação, se apresentou ao comando e afirmou que não teve intenção de atirar contra o filho. “Ele alega que chegou a haver um desentendimento e para assustar teria disparado no chão. Segundo ele, a bala resvalou e ricocheteou atingindo o pé do filho dele”, relatou o major Gilberto Felipe, relações públicas do 2° BPM.

Ainda segundo a PM, o caso não pode ser considerado como crime militar, pois foi cometido enquanto o policial estava de folga e por isso a investigação deverá ficar sob a responsabilidade exclusiva da Polícia Civil. Mesmo assim, deverá ser aberta uma sindicância disciplinar para apurar o comportamento do cabo João Batista 2.

O policial presta serviços atualmente no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e por isso responde diretamente ao Comando de Policiamento da Região (CPR-I) e não ao comando do 2° BPM. Ele continua trabalhando normalmente no decorrer das investigações.

A mãe disse que procurou a polícia um dia após a confusão, mas que nenhuma providência foi tomada. Ela acredita que houve corporativismo. Segundo Andrea Nunes, o laudo constatou escoriações no peito, braços, costa e testa do adolescente. Os ferimentos teriam sido provocados por espancamento.