Pai é acusado de sequestrar filha de 9 anos; Polícia Militar faz buscas

Homem identificado como Valtemir Paulo de Sousa, de 35 anos, teria tirado a menina à força da casa da irmã dele em João Pessoa, no fim da tarde da segunda-feira (25).

Karoline Zilah

O desaparecimento de uma menina de 9 anos de idade em João Pessoa está sendo investigado inicialmente pela Polícia Militar como um sequestro que teria sido praticado pelo pai da criança. De acordo com o 5º Batalhão da PM, o homem identificado como Valtemir Paulo de Sousa, de 35 anos, teria tirado a menina à força da casa da irmã dele no bairro Valentina Figueiredo, onde ela morava desde os três anos de idade.

Na manhã desta terça-feira (26), surgiram informações de que a menina teria sido devolvida para a família quase 12 horas depois de ter sido levada pelo pai. No entanto, de acordo com a tenente Viviane, do 5º Batalhão, ainda não há pistas sobre o paradeiro da criança. "Fui à casa da tia, que é onde ela morava, e ela não estava lá. Todos ainda estão muito apreensivos e nós resolvemos dar continuidade às buscas. Peço à população que, caso alguém a encontre, avise à Polícia Militar", ressaltou.

Ainda conforme a tenente, a menina foi abandonada pela mãe aos seis meses de idade e por isso foi criada pela tia, Ângela de Sousa.

O drama da família começou no fim da tarde da segunda-feira (25). A irmã do acusado, Ângela, relatou aos policiais do 5º Batalhão que o irmão chegou à sua casa apresentando sinais de perturbação. Ele teria revelado planos de abusar sexualmente de uma adolescente que mora na vizinhança. Segundo a irmã, ela começou a discutir com Valtemir e acabou sendo agredida.

Valtemir teria aproveitado o momento em que ela saiu dizendo que iria chamar a polícia e sequestrado a própria filha. O homem teria fugido com a menina de bicicleta para dentro de um matagal.

A PM foi acionada pela família às 18h e fez buscas na Praia de Jacarapé e na comunidade Monsenhor Magno.

A reportagem procurou a 9ª Delegacia Distrital de Mangabeira, responsável pelas investigações da área, mas um funcionário informou que a Polícia Civil ainda não foi procurada para registrar boletim de ocorrência. Ainda conforme o funcionário no 9ª DD, o caso ainda não pode ser configurado como crime porque, sendo o pai da criança, o homem teria direito de sair com a filha.

Atualizada às 9h04