Para Malagodi, 'politicagem' da PB contaminou as universidades

Karoline Zilah

Edgard Malagodi (PSOL) foi o terceiro entrevistado do telejornal Bom Dia Paraíba, das TVs Cabo Branco e Paraíba, na semana dedicada aos candidatos paraibanos ao Senado cujos partidos têm representação na Câmara Federal. Na quinta-feira (26), será a vez de Marcos Dias, do PSOL.

O professor universitário, que tem na Educação uma das prioridades de sua campanha, criticou a organização das instituições de ensino no Estado. Para ele, é difícil melhorar a qualidade do ensino quando os gestores das universidades não seriam qualificados para ocupar seus cargos. “A politicagem da Paraíba contaminou as universidades. Temos dois reitores que não são doutores”, declarou.

Edgard Malagodi ainda disse ser contra o Prouni, programa do Governo Federal que financia bolsas de estudos em faculdades particulares. Comparando a Paraíba com São Paulo, onde a grande maioria dos institutos são privados, ele defendeu como alternativas ampliar o número de vagas nas universidades públicas e melhorar a qualidade do ensino, inclusive no nível médio, onde ele defende a contratação de professores concursados.

Para aperfeiçoar o padrão da educação, Malagodi acredita que é necessário oferecer conhecimentos sobre as profissões mas, ao mesmo tempo, uma visão de mundo por meio da Filosofia, História, Teologia, entre outras áreas.

Sobre sua carreira política, o professor comentou sua transição do Partido dos Trabalhadores (PT) para o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), pelo qual disputa uma vaga no Senado. Ele acredita que não foi prejudicado pela troca de legenda porque, em sua opinião, foi o PT que mudou de orientação, e não ele.

Ao mesmo tempo, Malagodi criticou a coligação arquitetada pelo PT em Campina Grande na época da candidatura de Cozete Barbosa para a Prefeitura, quando ela se aliou a Cássio Cunha Lima (PSDB). “Isso acompanhou com a companheira e acabou também com o PT, que hoje está do outro lado”, comentou, referindo-se à aliança com o PMDB na campanha de José Maranhão para governador.

Sobre seu desempenho de apenas 1% na projeção de votos da última pesquisa Ibope encomendada pelas TVs Cabo Branco e Paraíba, o candidato disse acreditar que vai conquistar mais eleitores à medida em que participar de mais entrevistas e divulgar mais seu nome. “De fato, eu não era candidato. O PSOL me escolheu há pouco mais de um mês”, relatou.

Ele comparou seus números com os de atuais senadores que concorrem à reeleição e, segundo ele, tiveram projeção de apenas 2% dos votos em Campina Grande.

O candidato também participou da série de entrevistas realizada no começo do mês de agosto no programa Paraíba Agora, da rádio 101 FM, pela Rede Paraíba Sat. Escute aqui ou leia a reportagem.