Pesquisa do IFPB identifica alta concentração de cobre no Açude Velho, em Campina Grande

Ingestão do metal pode provocar náusea, vômito, dor abdominal e diarreia.

Um estudo desenvolvido pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB), no campus Campus Campina Grande, identificou uma alta concentração de cobre na água do Açude Velho. A pesquisa, que ainda não foi concluída, tem a finalidade de avaliar a presença de metais pesados e avaliar os possíveis impactos socioambientais provocados por eles.

Até dezembro de 2021, foram feitas duas coletas em pontos diferentes do açude e, até o final do projeto, estão previstas outras visitas. O relatório parcial do estudo indica que o cobre foi detectado com quantidade média superior em cinco vezes do que o permitido pela legislação, sendo o único dos metais analisados que entra em desacordo com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde.

Conforme a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a presença de pequenas quantidades de cobre em organismos vivos é essencial. Mas, pode representar problemas, se houver excesso. Se a água contendo altas concentrações do metal for ingerida, por exemplo, pode provocar náusea, vômito, dor abdominal e diarreia.

O entorno do Açude Velho é usado pela população para a prática de atividades físicas, como corrida, caminhada e ciclismo. No entanto, há registros de situações em que pessoas se banharam na água ou retiraram peixes para consumo próprio – mesmo a atividade da pesca sendo proibida no local.

As coletas da água do manancial estão sendo feitas pelos estudantes Pedro Queiroz Dionizio e Pedro Lucas Nunes da Silveira, dos cursos técnico integrado de Química e de Tecnologia em Construção de Edifícios do IFPB em Campina Grande, respectivamente. Além do cobre, também foram identificados valores superiores de nitrito e nitrato.

No fim do projeto, em janeiro do próximo ano, a equipe pretende contribuir para o desenvolvimento de projetos para revitalização do açude.