PF investiga paraibanos acusados de ameaça de morte a senador

Delegacia de CG conclui inquérito sobre denúncia de que Magno Malta (PR) teria sido ameaçado. Suspeita é de que acusados tenham envolvimento com pedofilia.

Karoline Zilah

A Delegacia da Polícia Federal em Campina Grande deve concluir nesta semana um inquérito que indicia suspeitos de fazerem ameaças ao senador Magno Malta (PR), do Espírito Santo, presidente da CPI da Pedofilia. De acordo com o delegado Pedro Ricardo, diretor da Polícia do Senado, os responsáveis pela ligação já foram identificados, mas o processo corre em segredo de justiça.

O gabinete do senador confirmou ao Paraíba1 que um homem morador de uma cidade circunvizinha de Campina Grande teria feito quatro ligações ao 0800 do Senado dirigindo ameaças de morte ao parlamentar. A principal suspeita é de que os acusados tenham envolvimento em crimes de pedofilia na Paraíba.

No dia 26 de agosto, Magno Malta fez um discurso no plenário do Senado onde declarou que estava recebendo as ameaças. Segundo ele, a pessoa admitiu, por telefone, ser pedófila. "Ele assume, fala de telefone descaracterizado: ‘sou pedófilo’ – achava que não seria pego por causa do telefone descaracterizado -, ‘vou assassinar o Magno Malta. Conheço a família. Vai amanhecer com a boca cheia de formiga’", disse o senador.

Temendo que a denúncia não estivesse sendo investigada, o senador solicitou à Polícia do Senado que viesse à Paraíba checar o andamento do inquérito. Em contato com a Superintendência da PF em João Pessoa, Pedro Ricardo constatou que as apurações estão sendo feitas pelo delegado Alexandre Henrique, em Campina Grande.

No entanto, Magno Malta não exita em declarar que poderá tomar iniciativa no caso. “Se não colocarem a mão nele, eu irei usar a minha prerrogativa como Presidente da CPI e vou convocá-lo a vir aqui. E vou fazer isso coercitivamente, serão obrigados a trazê-lo para mim, para nós aqui da CPI", afirmou o senador no plenário.

Um programa de televisão em rede nacional noticiou nomes de dois suspeitos, mas o chefe da Polícia Federal em Campina, Francisco Leônidas, não confirmou as informações e fez questão de ressaltar que o processo é sigiloso. A Justiça Federal já teria apreendido, em outra ocasião, computadores da residência de um dos acusados sob a suspeita de que o aparelho conteria provas de pedofilia.