Da Redação
Com PF
Quatro pessoas foram presas, nesta segunda-feira (13), suspeitas de participar de um grupo criminoso especializado em falsificar cédulas e colocá-las em circulação na região Nordeste. A Polícia Federal estima que cerca de R$ 1,6 milhão, em notas de R$ 50, teriam sido falsificados pela quadrilha. Um ex-sargento da Polícia Militar, que está detido no presídio PB-I, em João Pessoa, está entre os integrantes do grupo.
Às 10h30 desta terça-feira (13), está programada uma entrevista coletiva na sede da Superintendência da Polícia Federal, na cidade de Cabedelo, na Grande João Pessoa.
A operação intitulada de Shekel, que faz referência a unidade de peso usada para negociação antes do surgimento das moeda, foi desencadeada nesta segunda-feira, mas as investigações já haviam iniciado em setembro de 2010 pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência da PF na Paraíba.
A Polícia Federal informou que há registro da retirada de circulação, em todo o país, de mais de 32 mil exemplares de cédulas de R$ 50,00 com as mesmas numerações de série e características das produzidas pelos investigados, totalizando, aproximadamente R$ 1.600.000,00.
De acordo com a PF, o grupo é formado por pessoas experientes em ações criminosas, com passagens policiais, estando algumas recolhidas ao sistema prisional também acusadas de outros delitos, a exemplo de assaltos e explosões de terminais bancários.
Veja como o grupo atuava
As cédulas eram produzidas na cidade de Arapiraca (AL), tendo o responsável pela falsificação sido anteriormente indiciado pela Polícia Federal em Araraquara (SP) nos crimes de falsificação de moeda e formação de quadrilha.
Trazidas até Recife (PE), as cédulas eram recebidas por pessoas indicadas por um ex-sargento da Polícia Militar da Paraíba que está detido em um presídio da capital, e em seguida, eram distribuídas na Paraíba sob sua orientação.
Operação
Durante a operação foram cumpridos oito mandados judiciais, expedidos pela 2ª Vara Federal da Paraíba, sendo quatro mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e um mandado de cumprimento de medida cautelar penal (proibição de freqüentar presídio).
As prisões e buscas foram realizadas nas cidades de João Pessoa (PB), Arapiraca (AL) e Propriá (SE). Foram cumpridos mandados em residências e em estabelecimentos prisionais.
Durante a operação já tinham sido apreendidas em poder dos investigados cédulas falsas de R$ 50. Os laudos periciais demonstraram que as impressões de anverso e reverso foram obtidas através de computação gráfica, com emprego de “scanner” e “software” apropriado e reprodução em impressora a jato de tinta. Além disso, apresentam simulação de fibras coloridas nas mesmas posições, indicando assim que partiram de uma mesma matriz.
