Polícia descarta implantação de posto fixo na Praia do Jacaré

Comandante da 4ª Companhia da PM em Cabedelo explica que outras estratégias de segurança são mais adequadas para o local. Envolvidos em arrastão ocorrido em bar foram identificados.

Karoline Zilah

Um dos polos turísticos mais movimentados da Paraíba, a Praia do Jacaré tem se tornado cenário cada vez mais frequente de assaltos. As reclamações são de turistas, trabalhadores, proprietários de estabelecimentos comerciais e até do saxofonista Jurandy do Sax, famoso por tocar diariamente o ‘Bolero’ de Ravel ao por do sol.

Apesar do pleito, a Polícia Militar descarta a implantação de um posto fixo no local, conforme os frequentadores exigem. O comandante da 4ª Companhia da PM em Cabedelo, capitão Barros, explica que outras estratégias de segurança seriam mais adequadas para o local.

Em resposta ao assalto ocorrido no domingo (6) à noite no restaurante Maria Bonita, ele disse que o policiamento no Jacaré é feita por equipes em carros e bicicletas nos horários mais críticos, quando há um maior fluxo de turistas.

“Não existe posto fixo porque, apesar da Praia do Jacaré ser um ponto turístico, os policiais que ficassem lá durante 24 horas não teriam o que fazer”, explicou o capitão Barros. Segundo ele, uma companhia de polícia turística já foi implantada no local e está em fase de estruturação para reforçar a segurança por meio de ciclopatrulhas.

Sobre o assalto ocorrido dentro do Maria Bonita, o capitão Barros defendeu que se tratou de um crime ‘pontual’. “A maioria das pessoas já tinha ido embora. Esse tipo de crime não é frequente no Jacaré”, comentou.

Segundo o comandante a 4ª CIA, os envolvidos no arrastão já foram identificados. Entre eles, haveria um menor de idade. Os suspeitos ainda não foram presos, mas a polícia continua a investigar a atuação do grupo.

“Esse mesmo pessoal fez outro assalto idêntico numa localidade conhecida como Vila Feliz, bem próximo à Praia do Jacaré. Eles chegaram e fugiram de barco. Porém, ainda não conseguimos prendê-los porque não sabemos exatamente de onde eles são. O rio Sanhauá dá acesso a diversas outras áreas, como Costinha, Lucena, Bayeux e o Porto do Capim, no Varadouro, em João Pessoa”, explicou capitão Barros.