Polícia detém colombianos suspeitos de agiotagem em CG

Quadrilha foi desarticulada na última terça (22) e, conforme a polícia, teria como alvo principal comerciantes do Shopping Popular Edson Diniz.

Cinco colombianos foram detidos pela Polícia Civil em Campina Grande, suspeitos de operarem um importante esquema de empréstimo a juros (agiotagem) que tinha como principal alvo os comerciantes do Shopping Popular Edson Diniz.

A informação é da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF-CG), que desarticulou a quadrilha no fim da tarde da última terça-feira (22), durante uma operação realizada no bairro do Catolé, onde os suspeitos estavam residindo. Ainda conforme a DRF, a polícia estima que o grupo tenha feito centenas de vítimas em Campina Grande e região.

“Começaram a chegar denúncias anônimas de que um grupo alojado em um duplex de luxo no bairro do Catolé estavam realizando empréstimos a juros de 20% ao mês, que é muito acima do normal, e extorquindo as pessoas que deviam a eles. Formalizamos o pedido de busca e ele foi cumprido ontem à tarde”, explicou o delegado Ramirez São Pedro. Ainda segundo o delegado, esse grupo costumava agir nas imediações da Praça da Bandeira, no Centro de Campina Grande, distribuindo panfletos.

Entre as pessoas detidas estava uma mulher, que era esposa de um dos suspeitos, conforme o delegado. Três homens foram indiciados, pois confessaram que realizavam os empréstimos, no entanto, negaram a acusação de que estariam extorquindo os seus devedores. Todos os suspeitos foram ouvidos e liberados para responderem em liberdade por formação de associação criminosa e crime contra a economia popular.

A Polícia Civil informou que está entrando em contato com a Polícia Federal para analisar melhor como essas pessoas responderão por esses crimes. Com elas foram apreendidas duas motos, um carro e várias anotações contendo informações das pessoas que foram vítimas das ações deles. Também foram apreendidos cerca de R$ 2,8 mil, além de outra quantia em dólar, euro, peso e outras moedas estrangeiras, segundo a DRF.

Conforme as investigações da Polícia Civil, o grupo utilizava uma empresa fictícia e estava atuando em Campina Grande há dois anos, mas havia chegado ao Brasil cinco anos atrás, agindo em cidades como Manaus e Macapá.