Rebelados destroem pavilhões no PB-1 e 2

Grades e paredes foram destruídas pelos detentos rebelados no complexo penitenciário PB1 e PB2, mas juiz descarta transferência.

Com o término da rebelião no Complexo Penitenciário PB1 e PB2 a Secretaria de Administração Penitenciária pôde ter dimensão da destruição causada pelos detentos. No presídio referência em Segurança Máxima na Paraíba, o que restou foi um rastro de destruição, com paredes e grades quebradas. O cheiro forte de queimado, provocado pelo incêndio, tomou conta de todo o complexo.

“Houve uma destruição tão grande que é impossível manter os detentos no presídio”, disse o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, gerente do Sistema Penitenciário, que ainda acrescentou que os dois pavilhões do presídio PB2 foram totalmente destruídos. Já no Pavilhão 1 do PB1, todas as grades foram destruídas, porém o juiz da Vara das Execuções Penais, Carlos Neves, descartou totalmente que fosse feita a transferência de detentos.

A decisão de manter os detentos no presídio saiu após uma reunião. “A transferência foi descartada. Os detentos vão ser levados para um local que existe no PB1 e no PB2 que pode ser usado em situações de emergência, que é o que estamos passando”, disse Arnaldo Sobrinho.

Com capacidade para abrigar 700 detentos, o Complexo Penitenciário contava apenas com 664 apenados. Em toda Paraíba, a população carcerária chegou no mês de abril ao montante de 8.700 apenados. A Secretaria de Administração Penitenciária ainda fará um levantamento para descobrir o montante necessário para recuperar as instalações do presídio.

Um inquérito administrativo também será instaurado para apurar a entrada de dinamites e armas no presídio. A segurança nas penitenciárias foi reforçada.